Folia
Na folia que canta o nosso carnaval, vens desnudo de tudo encontrar-me no santuário divino. Nesse instante em que o plural singulariza, nós deixamos de existir e voamos ao somente SER. Encontro agendado pelo acaso universal, caímos na folia sem máscaras, cara a cara, corpo a corpo. Pulamos ao som da nossa orquestra onde o gozo celebra com desejos sonorizados, a união do “pierrô” com a “colombina” sem trajes íntimos. Só na intimidade celebramos nossa folia, descendo a ladeira e ao lado do mar, maestramos nossa orquestra. Nas ondas do mar, mergulhamos no vai e vem do baile do enlace corpóreo, no cheiro a cheiro e vertes neste corpo tua lança de pirata do mar que jorra no amor profícuo a ambos. Brindamos no cálice jorrando o líquido da lança nas paredes das entranhas do ser menina que o frevo pinta a beleza Mulher toda a nossa volúpia reprimida no dia a dia, para sermos então uno |