183 usuários online |
| |
|
Poesias-->Entardecendo -- 26/12/2001 - 23:07 (Claudia A. de Carvalho) |
|
|
| |
ENTARDECENDO
Vejo da janela
O tom de azul que me guia o silêncio
Passeia em mim uma leve nostalgia
Talvez um déjà-vu
Quase entro em vigília
A paisagem é hipnótica
Daquela que se olha com a alma
De repente ouço só os sons
Vários barulhos se traduzem:
Pássaros, som de uma vassoura, apito de um trem, crianças brincando,
Ah, alguém até esqueceu o Legião Urbana na vitrola
Tudo faz parte dessa preguiça morna que aquece o coração
E enquanto escrevo a tarde cai como se brincasse de esconder
Abro os olhos e o céu ficou mais suave
Transportando os últimos raios de sol
Tudo me entorpece
Num uníssono crepuscular
Até o sapo martelo ecoa em meus sentidos: toc-toc, toc-toc...
O cheiro de mato se mistura ao vento leve que circunda, esporadicamente, meu corpo.
Tudo é calmaria
Nem o som de um latido consegue quebrar essa harmonia
E a ela se junta o sino da capela emitindo seus cânticos.
Reina em mim uma alegria pueril
Que se mistura a tudo
Sou parte desse momento imortalizado
|
|