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Poesias-->Tão longe, Tão perto. -- 25/12/2001 - 00:10 (Lucas Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O sono me matou antes das 8.

Perdi a voz...

Me isolei, em meio a palavras,

Risos, e essas coisas que sempre

Se repetem nesse dia de

Pseudo-compaixão,

Pseudo-respeito,

Pseudo-arrependimento,

Pseudo-saudade.

O natal das formigas...

Dentro de 24 horas

Os comandos modernos temporários

Voltam

Fodem

Retardam e carregam

Todos

A todo vapor

E eu, já cansado de falar deles

Do congresso

Das pessoas

Sim, sei

São previsíveis

Mas não aguento mais ver isso

E nem vejo mais como via

Nem falo mais como falava

Isso não mais me impressiona

A previsibilidade não impressiona

E é bom saber disso

E é bom estar assim, evasivo

Evasão saudável

Minha vida paralela tão mais completa

Que essa, entregue a mim no dia

Do legado

Anúncio de muitos, ou alguns anos de glória

Tentando ser o melhor, o mais capaz

E minhas linhas tortas

Da minha mente torta

QUe nem funcionam mais, por agora

Quando a música mais meiga toca

O lado rosa da mente explode

Alguma coisa que não toco me invade

Seu olhar tão bonito

Seu jeito tão assim...

Não posso mais falar nada

Ficou tão grande

Tão grandes esse conjunto de palavras

Com o intuito do vácuo

Que na verdade encheu esse meu resto de noite

Nos restos e sobras

Perús frustrados

Castrados

Degolados

Fabricados

Farofas prontas

Olhos cozidos

Cachorros caolhos

Crianças irritantes

Velhos suaves

Adultos complexados

Tentando amenizar as pressões financeiras

E eu pensando em você

Com cara de triste

Quem sabe até meio triste

Mas bem feliz de saber que você existe.
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