A porta do quarto destrancada
Toalha sobre o chão jogada
Ela saiu do banho e dormia
Estendida na cama, só ela e vazia
Embaixo das cobertas
As pernas abertas
Alegria!
E assim dormia tão estranha
nos lençóis, ali,uma aranha!
Tão grande e tamanha
Poderia me assustar.
Mas por que reclamar
Dela que em silêncio me chamava?
Iria me morder?
Dois minutos e um grito se escutou
Daquele quarto um gemido soou
Misturando a dor com a loucura
Subi nas paredes
em expressas alturas
Pois achei estranho o tamanho
Do grito de dor
Loucura por pôr o negócio apressado
no lugar errado.
Com o susto ela acordou
Todo em febre me olhou
E de suas pernas, a aranha escapou...
E correu pelo chão e sumiu e me deixou gritando da dor que era minha.