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cronicas-->1971 - Osmar -- 09/04/2017 - 13:45 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1.971 - Osmar
Esses dias, olhando os blogs da Luíza, encontrei uma crónica escrita há muito tempo por um colega de escola. Veio ao encontro das minhas lembranças esmaecidas do meu terceiro colegial em Itapetininga. Foi escrita pelo Osmar Rodrigues dos Santos, já na época uma pessoa multimídia, pois desenhava, pintava, escrevia, participava dos teatros escolares e até bola jogava. Pelo seu corpanzil pegava firme na defesa e algumas vezes de goleiro.
A crónica é de Abril de Setenta e Um, chama-se "Caras Novas" e peço licença para transcrevê-la:
* "Um dos momentos mais emocionantes da vida estudantil é, sem dúvida alguma, o primeiro dia de cada ano. É o dia de ampliar as amizades, principalmente com os chamados caras novas. E desta vez, no Ginásio Estadual Professor Modesto Tavares de Lima (Itapetininga) caras novas eram as nossas.
Por volta das sete da noite do dia 15 de março, de fronte ao colégio, cerca de um milheiro de estudantes formavam bloquinhos para o bate-papo do período noturno. Eu conversava com o Jonas, um velho amigo que está sempre em São Miguel Arcanjo. De repente por entre a confusão dos autos que estacionavam chegou o verdão do Tio Dino, representando bonito a nossa terrinha inesquecível (que saudades!) despejando alunos sorridentes.
Uma campainha chamou às responsabilidades e as classes ficaram repletas. Era hora de conhecer os professores (e a Diretora Benedicta de Góes Borba - D. Zica está de parabéns pela escolha), o colégio moderníssimo, os três laboratórios para física e química, enfim o principesco estabelecimento de ensino, onde duas quadras para esportes (uma coberta) completa aquele velho axioma - mente sã em corpo são. Nós ficamos perplexos ao constatar que estudávamos no primeirão da praça.
O José Dias, o Jairinho, o Agnaldo e o Reynaldo foram para a sala 38. O Shoiti, a Irani, o Lelo e eu fomos para a 39. Por sorte nossas bases escolares do Nestor Fogaça se demonstraram sólidas e não fizemos feio perante os novos colegas. Marcamos passos na área de Ciências Físicas e Biológicas, donde buscaremos a faculdade, bem firmes no piloto a fim de bem representar São Miguel Arcanjo. Entretanto, por enquanto o que vale é a satisfação de sermos nós os caras novas do Colégio mais moderno de Itapetininga." *.
O Osmar, com essa crónica, me esclareceu alguns pontos perdidos na minha memória e depois a enviei ao José Dias, que me deu outros detalhes sobre os nossos colegas de segundo colegial em mil novecentos e setenta. É que formávamos uma turma sólida e dividida ficou pelo terceiro colegial, uma parte foi para o Modesto e outra continuou no Nestor mesmo. Na minha conversa com o Zé não ficou claro se o Osmar terminou o terceiro colegial conosco, parece que não e depois nunca mais o vi, por razões que o destino não nos explica; talvez por Eu ter ido viver em São Paulo, para estudar e trabalhar.
O Osmar era filho do Seu Alfredo Soldado e morava em frente ao Campo do Esporte, razão que, às vezes, subíamos conversando até o Ginásio e depois ao Colégio Nestor, onde ele arrasava nos desenhos nas aulas da Dona Doracy; foi quem organizou a nossa formatura de Ginásio, em sessenta e oito. Ao mudar-se com a família para Itapetininga, Osmar trabalhou um período na Serraria do Wadih e depois se dedicou ao Jornalismo, fundando a Gazeta de Itapetininga e o Jornal A Hora de São Miguel, mas dessa parte não tenho maiores informações a não ser o que li nos blogs da Luíza.
Osmar faleceu em mil novecentos e noventa e seis, aos quarenta e sete anos, cedo demais para nos privar dos seus talentos e neste domingo, nove de quatro de dezessete, além de ter pedido licença a vocês, peço a ele também e contando uma lembrança de um jogo do campeonato do Ginásio, quando ele estava de camiseta amarela com o rosto da Brigitte Bardot.
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