Enquanto respiro, e vivo,
invento novas imagens,
afinal, isso é só meu.
De imaginar chego a ficar aflito,
ao ver teu semblante
nos moldes que criei.
tua silhueta eu vejo bem clara.
A trama fina no vestido que usas
permite que que tuas curvas
se mostrem.
Ah! que curvas, são essas,
as da minha imaginação...
Te ponho de todos os jeitos e modos,
Vejo tuas coxas grossas,
como bem afirma teu amante sedutor,
e por minha conta, moldo-lhe a cintura.
Te ponho de lado, e logo vejo
teus seios a apontar para frente
um caminho a seguir.
Amante de todas as amantes,
e que se faz amar em todos os instantes,
por conhecidos, e por quem só te imagina.
És fonte de meus delírios diários.
E por essa mesma trama, translúcida
e ao mesmo tempo embaçada,
te olho todos os dias e noites,
tornando-me escravo dos desejos
e das minhas deduções.
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