Era um corpo de mulher,
semi nua, às margens do riacho,
cercado de verde, lugar ermo,
água cristalina.
A cabeça, recostada em uma pedra maior
deixava livre os cabelos, que caídos,
mais pareciam uma cascata negra.
Era realmente um quadro lindo se de admirar.
Eles a olhavam de longe.
Faziam silêncio profundo,
e deleitavam-se com a visão.
Cada jovem daqueles, imaginava
aquela mulher, dentro de seu mundo ideal.
Mesmo sem despi-la, lhe tiravam toda a roupa.
Um a enchia de beijos molhados, outro de abraços,
outro, afagava seus cabelos com doçura e paixão,
mais um outro, o último do grupo, deixava-a ali
mesmo, sobre aqueles pedriscos,
deitava-se ao lado, e admirava profundamente,
aquele sono leve, que de vez em quando
esboçava um sorriso, que deixava as feições tão leves,
e tão mais bonitas.
Aguardava silente, que acordasse para então se apresentar.
Cada um, excitava-se à sua maneira,
e todos em silêncio se tocavam, escondidos uns dos outros,
mas, coniventes com a situação.
Ela se mexia levemente,
e eles, no auge da excitação, cada um com seus pensamentos
mais profundos, se masturbavam diante da cena.
Não tardou, pra que a mulher acordasse e depois de uma boa
esticada, tirasse lentamente as roupas que ainda estavam
presas ao corpo, e desse um bom mergulho.
Para a alegria dos rapazes, que no auge do desejo,
esguicharam seus gozos sobre as plantas.
E ficaram ali, admirando lentamente o mergulho da mulher,
e com as pernas bambas, entreolharam-se, um pouco envergonhados,
entretanto, continuaram em silêncio, como se fosse
aquele, um pecado, que não necessitava ser comentado.
Ali, pactuaram que não haveria comentários, e combinaram,
que voltariam outras vezes, na esperança de reencontra-la
para que então, novamente, pudessem sonhar
com a linda visão que acabaram de ter.
Valentina Fraga
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