Essa foi legal. Uma professora de português do ensino fundamental aqui em Belém, falando com seus alunos sobre os pronomes de tratamento, perguntou a uma das crianças da 5ª série como deveria ser tratado o Presidente da República. Na bucha, a resposta: “Companheiro!”
Certíssimo, se levarmos em conta a contextualização em que essa criança assimilou o termo. Eis um caso perfeito de variação lingüistica para adaptar o uso da língua às necessidades que se impõem ao falante no dia a dia. É lógico que na prova a professora jamais aceitaria como correto esse pronome de tratamento, mas não há como negar o fato de que somos nós, os falantes, quem dinamizamos nossa língua, como foi o caso de Rogério Magri, ministro do trabalho de Collor, que passará à história como o homem que “inventou” o imexível. De tanto uso, ninguém ousou mexer nesse termo, dando-lhe sentido lógico e vida permanente, ganhando seu lugar no livro eterno das palavras, os dicionários.
O mesmo não acontecerá com o “companheiro”, mas que foi um fato engraçado e extremamente criativo, isso foi...