Usina de Letras
Usina de Letras
243 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->O papagaio que falava ídiche -- 23/06/2009 - 08:46 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O papagaio que falava ídiche

Meyer Glusman, um solitário viúvo, caminhava para casa quando passou em frente a uma petshop. E, então ouviu distintamente uma voz engasgada que chamava:

- Roawrk! Vus majste! Yo, du. (Como vai você! Sim, é com você que estou falando!)

Meyer abriu os olhos com força tentando olhar quem falava. O vendedor vendo-o, convidou-o:

- Entre senhor e veja esta formosa ave!

Era um papagaio que volteando a cabeça perguntou-lhe:

- Kenst redn Idish? (Sabes falar Idish?).

Logo mais, Meyer estava pagando os R$ 1 mil pelo louro. E toda aquela noite os dois passaram falando em idish. Meyer estava maravilhado. Contou as aventuras de seu pai para fugir da Rússia e de sua chegada no Brasil. Contou-lhe como era formosa Sarah, sua finada esposa, falou da sua família, da indústria têxtil que falira e tantas coisas mais. O papagaio escutava atenta mente e por vezes fazia algum comentário. O pássaro também falou de sua vida antes de ir para a loja de animais, de sua solidão e aborrecimento sem ter ali com quem falar.

Chegou o Rosh Hashana, ano novo hebreu. O louro pediu-lhe para levá-lo ao templo para as preces, o “davenen”. Lá chegando, o louro no ombro, após mil explicações ao rabino e disse que a ave diria as rezas de praxe. Todos apostaram que aquilo seria impossível, pois era loucura aceitar que a ave sabia “davenen”. As apostas em dinheiro, inclusive do rabino, foram a consequência lógica.

E Mayer sorria. Só que o papagaio deixou transcorrer cada pregação e cada canção sem emitir único som! Meyer foi à loucura e vária vez falou-lhe ao ouvido:

- Daven! Daven!

E o louro, nada.

- Maldito louro, reeeezaa! Senão te parto a cara! Rezaaa logo!

O louro nem piscava.

Terminado o serviço, Meyer devia R$ 10 mil. Estava possesso. No caminho para a casa, nada falou. Quando chegaram, o louro começou a cantar a plenos pulmões:

- Hevenu sholen aleijem. Hevenu sholeeem aleijeeem!

- Pássaro miserável! Gritou-lhe Meyer. Custaste-me dez mil! Por que? Sempre te tratei bem, ensinei-te o hebreu e a Torá`. Por que me fizestes isso? Por quê?

- Meyer - contestou suavemente o papagaio - não sejas shmok. Pensa no que iremos faturar no Yom Kipur...

(colaboração Flávio Fabres)

Obs.: Anedota recebida de Osmar JB Ribeiro (F. Maier).







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui