A luz da noite indicou o caminho aos teus braços, a me embalarem em momento de pura volúpia agregada ao eu em direção a ti. Instante nato e líquido de total entrega na intensidade do sentir-se no outro na fusão de seres que se decodificam respeitando espaços que se unificam numa cumplicidade do que não se pede. O amor é essa cumplicidade na doação corpórea ao fluxo do rio a desaguar no mar universal de todos as contemplações. É sentar-se à margem ou à beira do mar e permitir que tudo conspire a favor. É arriscar amar sem riscar o outro. É equilibrar a razão e a emoção sem tolher sua essência. É a essência do outro respeitada por mim. É conjugar o agora juntos na incerteza do amanhã.