Ser margeado no rio dos sentires embrutecidos e liquidados na corrente em direção ao mar solitário. Naufrágio em si dos acúmulos de dizeres que só elege a amante solidão sua confidente. Há uma cumplicidade que se reconhecem e sangram a liberdade de existirem sem ocupar espaço. O poeta prediz o profeta das dores necessárias que mantém acesa a chama da poesia inenarrável, do espaço vazio, do acomodar-se nas entrelinhas dos versos inexistentes. Pássaro solitário de uma riqueza infinita. Não abre mão do vóo da liberdade, dentro de turbulências só por ele permitidas entre uma e outra conexão. Brilha se rarefeito.