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Cartas-->Ainda sobre o caso Petrobras -- 08/12/2008 - 10:15 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caro Marcolin

Neste Brasil dos espertos (no sentido de oportunistas e desonestos), todas as suas considerações estão com fundo de verdades.

A elas, acrescento mais uma: Criticar a Petrobras por tomar emprestimos na CEF, circunstancialmente, a mídia deu também ênfase na falta de capacidade financeira da empresa em tocar os investimentos necessários do Pré-Sal.

Politicamente e sob o ponto de vista de imagem da empresa estas aventuras de transferências de recursos deveriam ter sido evitadas, exatamente por causa dos grandes investimentos em processo e a propaganda negativa da empresa nesta oportunidade. No passado recente e mais longinquo a Petrobrás sempre foi usada neste sentido, inclusive como garantidora de emprestimos externos para o caixa da União. A exploração deste fato pela mídia, nos termos usados e vindo de quem as divulga (oportunistas), denota intenções que não vão explicitar. Para o público em geral, tanto nacional como internacional - função dos investidores externos, esta foi uma oportunidade a mais, que objetiva manter os interesses no pré-sal, mesmo que seja algo facilmente explicável as insuficiências de capital de giro ou do fluxo de caixa de uma grande empresa nas circunstância da atual crise financeira internacional.

Ou seja, OPORTUNISMO de todos os atores em jogo, mesmo que ameace os interesses estratégicos nacionais.

Sds fraternais.

Fernando Azevedo


***

Prezado,

Até agora fiquei calado porque aguardava a reação sobre o tema, mas como está esfriando o assunto, trato de apresentar minha opinião, e se meios tivesse trataria de auditar o assunto. Mas para isso, nem o MP, ou a justiça brasileira teriam competência, capacidade técnica e isenção, conforme já amplamente verificado em assunto correlato, ou verossimilhante, que tramita na Justiça do RJ;

Se fosse um mero expectador simplista, ou um político mal intencionado, trataria de tergiversar sobre os empréstimos que a Petrobrás tomou no BB e Caixa, de pouco mais de 2,8 bilhões de reais. Para pagamento de dívidas tributárias, diz a Chefe da Casa Civil e também Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, enquanto o Presidente da empresa sai pela tangente, e diz que a operação foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional. Simples, não. Até poderia ser não fossem alguns aspectos conjunturais, que nos fazem especular sobre as razões verdadeiras, de tais operações.

Vejamos:

Primeiro ato: - a crise financeira global;

Segundo ato: - o governo federal se vê, ante a crise de liquidez obrigado a utilizar o BB e Caixa para SALVAR os amigos do rei que enfrentam dificuldades – MP 443 (?);

Terceiro ato: - a Petrobrás fecha o terceiro trimestre do ano com lucro de 10,8 bilhões de reais (lucro é contábil, não é em moeda corrente, não há esse dinheiro nas contas bancárias da empresa, só registro nos “livros contábeis”);

Quarto ato: - o custo das operações de SALVA-VIDAS é elevadíssimo e exige reforço no caixa do BB e da Caixa;

Quinto ato: - para não injetar dinheiro do Tesouro Nacional, ou seja, impostos, capitalizando o BB e a Caixa, para que possam cumprir a função de socorro a bancos e empresas falidas, ou com falta de liquidez, então, o governo federal, ante o expressivo lucro da Petrobrás, resolve por uma operação, aparentemente insuspeita e legal, DOAR PARTE DO LUCRO DOS ACIONISTAS DA PETROBRÁS PARA A CAIXA E BB, a fim de lhes dar um maior fôlego na tarefa de bancar a orgia dos que foram atropelados pelos derivativos;

Sexto ato: O governo através do CMN, composto tão somente pelo ministro da fazenda, ministro do planejamento e presidente, ou ministro, do banco central, sem se reunirem, acertam, por telefone, que a Petrobrás fará empréstimos de pouco mais de 2 bilhões de reais na CAIXA e 800 milhões de reais no BB; Até aí nada de suspeito... Será?

Sétimo ato: a Petrobrás pagará, pelos empréstimos, digamos de 90 dias – Capital de Giro, suponho – uns 7% ao mês? Seria só isso? Bem, poderia ser menos, mas se assim fosse, vejamos: Em 3 meses a Petrobrás estaria REPASSANDO À CAIXA 430 milhões de reais, mais o próprio principal, e ao BB outros 170 milhões de reais, e também o valor emprestado. Daí que a brincadeira custaria uns 600 milhões de reais ao acionista da Petrobrás, só para que ela aumentasse os lucros da Caixa e BB, e assim essas instituições, também controladas pelo governo federal poderiam, com mais folga, ou melhor, com dinheiro oriundo de operações de outra controlada pelo governo federal, cumprirem suas missões de auxílio aos banqueiros e empresários que foram se divertir especulando com derivativos só para concorrerem ao título de “Executivo do Ano”.

Oitavo ato: Tasso Jereissati, senador pelo PSDB, que não é desinformado, e sabe que tais operações são comuns no governo federal - tanto é que no mensalão ninguém teve coragem de pedir investigação na Petrobrás, porque lá todo o partido tem o rabo preso, e sempre que podem a ela recorrem para encher seus potes de ouro – tratou de levar as operações de empréstimos como se fossem oriundas de graves problemas de fluxo de caixa, na Petrobrás. O fundamento até pode existir, mas o propósito da operação foi jogar dinheiro da Petrobrás, de seu fabuloso lucro, para ajudar BB e CAIXA.

Nono ato: Tasso Jereissati sabe que operações de empréstimos bancários vultosos são corriqueiros numa empresa do porte da Petrobrás, precise ela, ou não de tais financiamentos, essas operações são uma espécie de cala boca aos banqueiros. Assim, se a Petrobrás tivesse feito empréstimos no Bradesco, ou Itaú, ou no City, o senador do PSDB teria vindo a público e “denunciado” o fato? Claro que não, senão já o teria feito em outras oportunidades, principalmente, quando tais empréstimos ocorrem no exterior, e não chegam ao nosso conhecimento. Só falta alegarem que a Petrobrás é a empresa modelo, onde a corrupção não campeia que lá só tem santo deixando seu suor sem qualquer compensação além de seus salários, e por puro amor à pátria.

Décimo ato: Se tudo o que foi suposto nos atos anteriores forem mera imaginação, suposição infundada, então os petroleiros devem se preocupar, seriamente, com seu fundo de pensão, a PETROS, que recentemente, fez acordo judicial para receber 6 bilhões de reais da Petrobrás. Se a empresa não tem menos de 3 bilhões de reais para continuar operando, ou manter seu fluxo de caixa, de onde vai tirar 12 bilhões para pagar a dívida que estamos cobrando na Ação Civil Pública?

Concluindo, a Petrobrás, só fez o empréstimo para repassar recursos, sob a forma de pagamento de juros, ao Banco do Brasil e Caixa, os quais foram incumbidos pelo governo federal de salvar especuladores nacionais e multinacionais, que foram brincar de banqueiros na crise financeira global. Petroleiros devem ficar tranqüilos porque a Petrobrás não será tão fácil, para esse governo, quebrar quanto aconteceu com a VARIG e seu fundo de pensão. Finalmente, a denúncia do senador tucano só veio a público porque a Petrobrás não foi, dessa vez, tomar empréstimo em banco privado, se tivesse feito, como em outras vezes, o deve ter, nenhum político do PSDB estaria comentando o assunto. É Sr. Tasso, se esses milhões, em juros tivessem ido para Bradesco ou Itaú, o Senhor ficaria caladinho, ou não? Fico no aguardo de outras revelações bombásticas...

Marcolin


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