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Cartas-->Guerrilha do Araguaia: Greenhalgh intimida jornalista -- 28/11/2008 - 00:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Greenhalgh quer intimar jornalista a entregar papéis

RUBENS VALENTE

Folha de S. Paulo - 27/11/2008

Justiça analisa pedido de advogado para ter acesso a documentos do Araguaia

Representante de familiares de mortos na guerrilha, ele sugere busca e apreensão na casa de repórter, caso ele se negue a repassar os dados

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh pediu que a Justiça Federal determine a busca e apreensão de documentos sobre a guerrilha do Araguaia que estariam espalhados em mais de 30 endereços de diversos órgãos públicos, incluindo as sedes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e do Comando do Exército, em Brasília, e de órgãos da Marinha e da Aeronáutica de sete Estados, além das casas de quatro militares que atuaram no conflito.

Na petição, o advogado exige ainda que o jornalista Leonêncio Nossa, da sucursal de Brasília de "O Estado de S. Paulo", seja obrigado a entregar à Justiça documentos que mantém em seu poder, "sob pena de busca e apreensão". O jornalista trabalha em reportagem que contará a história do oficial do Exército Sebastião Curió, que combateu a guerrilha.
O pedido do advogado é agora analisado pela 1ª Vara Federal de Brasília no processo movido contra a União por 22 familiares de mortos no conflito (1972-1975), os quais Greenhalgh representa. O procurador da República Rômulo Conrado foi contrário ao pedido. Para ele, a União tem que revelar de imediato os documentos que possui, para só então se falar em novas providências.

O processo se arrasta desde 1982 sem conclusão, embora tenha transitado em julgado no início deste ano. Os familiares aguardam que a União abra arquivos, forneça a localização das sepulturas e devolva os restos mortais dos militantes. A guerrilha foi iniciada pelo PC do B (Partido Comunista do Brasil), que pretendia derrubar a ditadura e instalar um governo comunista. Morreram no conflito 59 guerrilheiros, 16 soldados e dez moradores da região, segundo livro do jornalista Elio Gaspari.
Greenhalgh, em carta divulgada ontem na internet, diz que não pediu a apreensão na casa de Nossa. O trecho da petição diz, na íntegra: "Seja intimado o referido jornalista [Nossa], no endereço ao final indicado, para que entregue em juízo referidos documentos, sob pena de busca e apreensão, [e] preste depoimento sobre os fatos".

Segundo a petição do advogado, "conforme declarações constantes de reportagens juntadas "os relatórios secretos que dizem ter sido destruídos foram guardados por Curió", que entregou farta documentação ao jornalista Leonêncio".

Em e-mail enviado à Folha, Greenhalgh afirmou: "O objetivo dessa petição é fazer valer a decisão transitada em julgado que determina à União promover a abertura dos arquivos do Araguaia, o que a ré [União], insistentemente, tem evitado fazer. A abertura é fundamental para que possamos reconstruir a verdade histórica dos fatos ocorridos na ditadura militar". A Folha apurou que a petição não foi consensual entre os familiares, que reclamam da falta de informações sobre o processo. O advogado nega que não esclareça seus representados.


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