Só pode ser brincadeira
Estória de Jorge filó
O papo de se mandar
E no cordel dá um nó
Ele não pode ir embora
Senão esse verso chora
Diz manezinho de icó.
O amigo Jorge filó
É cordelista porreta
No verso é jóia rara
Lapidado na caneta
Escreve com maestria
E só nos dá alegria
E Brilha como cometa.
Tem o poder de rimar
Tira de letra o verso
Nos enche de emoção
Deixa o espírito imerso
É um grande menestrel
Um campeão no cordel
Não vá embora, lhe peço.
Cabra que nem o filó
É tão difícil aparecer
Quando aparece um
A gente não vai querer
Que ele desapareça
Se pensar isso, esqueça
Veja o que cê vai fazer.
Outros grandes se foram
Mas logo eles voltarão
Trazendo novos cordéis
Pra nossa satisfação
Não vá amigo filó
Não deixe o verso só
Com mágoa no coração.