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Cartas-->Operação Satiabafa -- 13/11/2008 - 23:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OPERAÇÃO SATIAGRAHA

Todo brasileiro que raciocina um pouquinho, cinco neurônios bastam, está convicto somos o país das desigualdades, uns melhores que os outros, onde co-existem amável e interessadamente protegidos e protetores.

Divididos em camadas: de um lado a dos que recebem as benesses e outra que percebe a existência das benesses, ávidos a se locupletarem e calar.

Do lado de fora uma porção de cientes, resignados, conscientes que pouco ou nada podem fazer, e também a dos desinteressados.

Aos bandidos são concedidas todas as filigranas imagináveis para postergação até a exaustão, anulação ou instâncias crescentes, o complemento de processos, nulidades jurídicas, que a plebe se satisfaz com o conformismo da definição de no país tudo “ acabar em pizza “.

Debochados, chamam a isto políticos e magistrados, de império da lei na democracia. Leis bestas que concedem tudo ao bandido e cerceia a atividade repressora, também vitima a sociedade a sofrer da esperteza de advogados regiamente pagos para colocar a serviço da bandidagem suas brilhantes inteligências e vastos conhecimentos, magníficos equivalentes aos régios honorários recebidos sem pestanejar.

Livres os marginais de colarinho branco, ternos do Armany, estão em condições de abocanhar mais e mais beiradas ilícitas. O que lhes custa despender 10%? Dinheiro ganho na ilicitude, sem suor, é da lei do patife dividir sem remorsos.

Os que recebem já mentalizaram e petrificaram nas consciências que a origem do dinheiro é sempre da Casa da Moeda, não carecendo nenhum interesse em saber quais os caminhos transitados. Sendo a origem geradora lícita, vamos a ele. A parte recebida, por um simples passe de mágica, torna-se pura, merecida, inquestionável. Não é que o IR também recebe parcelas de tais origens?

O questionamento da legalidade da ação repressora é muito mais considerado que os apontamentos dos ilícitos. A persuasiva do questionamento da legitimidade das ações é muito mais objetiva e contundente em relação aos fatos ilegais apurados; estes, para ter a validade reconhecida, deve percorrer caminhos e regras que não maculem a (in)dignidade dos bandidos, amplamente defendidos pelos rigores da legislação de apurações. Redargüir a ação é mais favorável ao bandido que o conteúdo criminoso encontrado ou descoberto pela autoridade repressora. É sempre a mesma coisa: a forma é muito mais importante que o conteúdo. Havendo desvio, anula-se tudo e todos comprovam seus fervores puristas.

Provas válidas só com autorização prévia de ação emanada por autoridade judicial. O bandido tem o campo livre para suas operações ilegais, conta com a imensa força que o poder do dinheiro confere aos abastados.

Riquezas acumuladas são salvos-condutos para portas que deveriam ser inexpugnáveis. A autoridade policial está sob a rigorosidade da severidade extrema do livro de regulamentos. Página por página, invioláveis.

Descartáveis só aqueles que zombam dos poderosos e deixam de ser-lhes úteis. O ítalo-brasileiro é um entre mil. Quem disse que banqueiro não vai para trás das grades? Seus comparsas tiveram penas reduzidas e a mentora da tolerância da operação, absolvida. Assim funciona o esquema não escrito, mais ao agrado de todos os envolvidos,

No resumo publicado hoje na Folha de São Paulo, página A6, encontramos 22 mandados de prisão expedidos, todos receberam Habeas-corpus expedidos pelo Supremo.

Primeira instanciazinha incompetente a nossa. Suas ações contra poderosos são sempre reformadas. Parece, já estão aprendendo limitando os arroubos de decência.

Caminhamos apressadamente para anulação ou cancelamento de vários processos ou julgamentos, corroídos pela distância maiores ou mínimas das letras regulamentares. Virão mais gargalhadas nas nossas faces crédulas e ingênuas. Não tem importância. Ou nos acostumamos ou apelamos:

Kirie-eleison.

Camilo Viana

manhã chuvosa em Bhte. 13/nov/08
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