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Cronicas-->1929 - Contando histórias -- 11/09/2016 - 12:49 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esses dias propuseram um nome para entrar no Clube e no código rotário é necessário apresentar a classificação da pessoa, relacionada à sua profissão; é uma senhora e ela foi apresentada como Contadora de Histórias. Fiquei pensando que poderia valer para mim também e a minha é Estruturas Metálicas, produto da minha empresa, assim como histórias devem ser o produto dela, que já participou de um evento escolar fazendo exatamente isso, contando histórias infantis para os alunos. A repercussão foi muito boa e como conto histórias, através das minhas Cronicas, espero sempre ter a mesma repercussão boa pra melhor de boa.
Meu pai era bom contador de histórias de sua vida, ainda mais por eu ser um bom ouvinte e, no meu caso, peço para vocês serem leitores, generosos que já são. Já escrevi algumas dele e sinto não ter anotado tantas outras, cujas minha memória não me traz e qualquer dia farei uma entrevista com Dona Cida, guardiã de algumas das dele.
Voltando às minhas, descobri que fiquei devendo terminar sobre a caxumba do Márcio, colega de trabalho e bom cantor de yodel, uma forma de canto utilizando sílabas fonéticas, principalmente quando ele cantava Vaquinha Salomé. Era só tirolei, tiroleíí, ioreleííí, leííí, iorelei... Pois então já trintão o seu pescoço inchou e ele se descobriu caxumbento e morrendo de medo de ficar surdo, ou pior, depois de alguém ter falado que caxumba desce para as partes, podendo liquidar com elas, aí é que ele não sossegou. O médico recomendou ficar em repouso, quando fomos visita-lo em bando e o assunto único foi a tal descida àquela parte sensível de todo homem. Não desceu, claro, e ele se safou sem sequelas, podendo voltar ao ioreleíí, iorelei e a outra de suas atividades, pescaria com água até os joelhos, lá pelos lados de Caucaia do Alto, só que isso dá um livro.
"Pó, preciso falar com a Vidão, assim não dá!" Frase predileta do Osmildo, outro colega de mesma época e empresa, muito certo dele ter falado a dita, quando viu a caxumba do Márcio, pó, meu, tá feio isso aí, hein. Pó, preciso contar pra Vidão. Nunca soube o nome da esposa dele, nem ela de nós, porém Vidão é o que passou para a posteridade. Pó, Vidão!
Numa das Cronicas passadas quase contei da coleção inusitada do Jerónimo, inusitadíssima de grau máximo, que nem conseguirei contar aqui de novo. Não anotei todas as suas passagens, que seriam outro livro e todas crédulas, pelo seu jeito sereno de conta-las e muito firme na toada, que mesmo inventadas elas eram pura verdade. De pé, ao seu lado, ei-lo: "Ontem, uma moça ligou aqui e eu disse ser engano, mas perguntei seu nome e uma hora depois já estávamos apaixonados, a ponto de eu ir encontra-la numa padaria próxima, acredita nisso, ó rapaz?" Ninguém acreditava, mas que a história era verdadeira era e até sua esposa acreditava, não sem antes dar disfarçados sorrisos, dando de ombros e da sua coleção, só conto pessoalmente.
Entrou uma moça ajeitada para trabalhar na recepção, bem não muito ajeitada, só que ela se achava, entenderam? Um passo para ela ganhar um apelido, desses nos dias de hoje ser chamado de bullying, só que desconhecido na época, ele pegou - Chernobela! Mistura de Chernobyl com bela e demorou para ela descobrir, mas podem acreditar não achou ruim e o incorporou, sendo conhecida de todos nós até hoje pelo apelido, chegando a se apresentar como Chernobela, sorridente que só. Vai entender e até namorado arrumou.
Do jeitão do Jomar preciso dizer, mais troglodita impossível, só que um coração de ouro, igual à restauração de um dos seus dentes. Imaginem tudo isso, num corpão de mais de cem quilos, contando de suas proezas nos ónibus de vinda e volta para casa, pois todo dia ele dizia ter se pegado com algum passageiro. Iiii, precisa ver hoje, o cara pisou no meu pé e meia hora para terminar. Tinha carro, mas ónibus eram o seu cotidiano e neste domingo, onze de nove de dezesseis, encerrando e prometendo o Paulo Cachaça para depois.
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