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Cartas-->Fidel Castro pede perdão por seus crimes -- 04/11/2008 - 19:54 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou gravemente enfermo.

Gostaria de manifestar publicamente minhas escusas a todos que confiaram cegamente em mim. Acreditaram em meu suposto poder de redimir a humanidade. Depositaram em minhas mãos o fruto de anos de trabalho, de economias familiares, e a confiança de seus corações.

Peço desculpas a quem assiste às suas esperanças evaporarem pelas pelos escaninhos da burocracia e pelos que se encontram asfixiados pela censura, prisão, a escassez de comida, a proximidade da polícia política.

Sei que nas últimas décadas extrapolei meus próprios limites. Arvorei-me em rei, criei em torno de mim uma legião de devotos, como se eu tivesse poderes divinos.

Meus apóstolos - os que se achavam comunistas - saíram pelo mundo a apregoar que a saúde financeira dos países estaria tanto melhor quanto mais eles se ajoelhassem a meus pés.
Fiz governos e opinião pública acreditarem que o meu êxito seria proporcional à minha liberdade.
Desatei-me das amarras do compromisso com a liberdade e coloquei o Estado acima das leis e da moralidade mundial. Reduzi todos os valores ao cassino da ideologia, transformei o crédito que me deram em lixo e arrependimento, convenci parcela significativa da humanidade de que eu seria capaz de operar o milagre de fazer brotar o melhor do homem no homem, sem me comprometer com a opressão.

Abracei a fé de que, frente às turbulências, eu seria capaz de me auto-regular, como ocorria à natureza antes de ter seu equilíbrio afetado pela ação predatória da chamada civilização. Tornei-me onipotente, supus-me onisciente, impus-me ao planeta como onipresente. Globalizei-me ao vender falsamente meu açúcar sangrento para a URSS Passei a jamais fechar os olhos.

Se as Bolsas do capitalismo silenciava à noite, lá estava eu eufórico na imprensa dizendo que o mundo todo iria ruir e só nós, os de boa alma, sobreviveriam. Transformei- me na cornucópia de cuja boca muitos acreditavam que haveria sempre de jorrar tecnologia fácil, imediata, abundante por meio da coletivização dos bens.

Peço desculpas por ter enganado a tantos em tão pouco tempo; em especial aos economistas que muito se esforçaram para tentar imunizar-me das influências do Estado, que um dia desapareceria, mas antes disse acabei é com o mercado e com as liberdade civis. Sei que, agora, essas teorias derreteram e o estado de repressão não existe mais, e só ficou mesmo aqui na Ilha da Maldição.
Peço desculpas por induzir multidões a acolher, como santificadas, as palavras de meu sumo pontífice Lênin, que ocupou a sé ideológica durante quase um século. Admito ter ele incorrido no pecado mortal de manter a perseguição, a miséria, as filas, a burocracia, os assassinatos até mesmo dos mais fiéis por longo período. Assim, estimulou milhões de americanos à busca de nem pensar em qualquer coisa chamada socialismo. Obtiveram força para criar outro tipo de governo e sociedade. Para fazer isso, o governo americano sofreu, fez o New Deal e criou um sistema liberal que se mostrou melhor que o meu sistema que, agora confesso, é nada além de uma ditadura pessoal.

Sofri um colapso. Os paradigmas
que me sustentavam foram engolidos pela previsibilidade dos que diziam que eu não podia sufocar a opinião pública, fechar os partidos e acabar com a imprensa livre. A fonte secou para o meu lado. Com as sandálias da humildade
nos pés, rogo ao mundo que me proteja de uma morte vergonhosa. Não posso suportar a idéia de que eu, e não uma revolução de esquerda, sou o único responsável pela progressiva estatização de tudo que, enfim, levou ao colapso de minha Ilha.

Não posso imaginar-me tutelado pelos governos, até mesmo o brasileiro, agora, que vai me ajudar, como no tempo dos países socialistas, quando dependíamos da URSS. Logo agora que eu imagina que meu irmão, Raul Castro, iria conseguir empurrar nossa ditadura por mais alguns anos. Mas o que vejo? Desmorona toda a cantilena de que fora de mim não há salvação.
Peço desculpas antecipadas pela minha capitulação, mas será o Brasil minha saída.

Adeus ao discurso de que o Brasil era um cão dos americanos. O Brasil capitalista e com liberdade é que vão dar apoio para minha Ilha, e agora meu irmão vai até lá, de chapéu na mão.

Peço desculpas aos do meu país e aos que acreditaram em mim no exterior como a bóia de salvamento do mundo, dos direitos sociais, preservação ambiental e cultura.

Eu, Fidel, peço desculpas por haver cometido tantos pecados e, agora, transferir a vocês e meu irmão o ônus da penitência. Sei que sou cínico, perverso, ganancioso. Só me resta suplicar para que o Estado tenha piedade de mim.
Não ouso pedir perdão a Deus, cujo lugar almejei ocupar. Suponho que, a esta hora, Ele me olha lá de cima com aquele mesmo sorriso irônico com que presenciou a derrocada da torre de Babel. Mas, enfim, eu menti ao dizer que não acreditava nele. Agora, já velho, peço a ele que olhe por mim.

Fidel Castro


Obs.: Texto recebido de amigo. Para ser bom, só falta ser verdade. Eu não acredito que Fidel tenha falado ou escrito isso (F. Maier).


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