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Artigos-->ANITA GARIBALDI - A Heroína de Dois Mundos -- 14/10/2003 - 20:58 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ana Maria de Jesus Ribeiro, então com 18 anos, não titubeia. Deixa o marido para acompanhar o italiano. Abandona sua vida medíocre e se torna Anita Garibaldi, a mulher que combate de igual para igual com os homens, "a heroína de dois mundos".



A lua-de-mel do casal ocorreu durante a guerra. Acompanhando Garibaldi, Anita luta ao lado dos rebeldes gaúchos na Guerra dos Farrapos. Já no primeiro combate, em 1839, empunha a carabina e exibe sua coragem. Em novembro, na batalha em que os imperiais retomam Laguna, comanda a artilharia do navio Rio Pardo, disparando o primeiro tiro de canhão contra os inimigos. Destemida, cruza doze vezes o campo de combate, num escaler, carregando munição e feridos. Só abandona a luta depois de resgatar o amante.



As demonstrações de heroísmo e valentia se sucedem, para espanto masculino. Capturada pelos inimigos em Curitibanos (SC), consegue escapar atravessando o Rio Canoas a nado e embrenhando-se sozinha na mata por oito dias. Em 1840, é surpreendida pelos imperiais em Mostardas (RS). Semi-nua, com o filho de 14 dias nos braços, escapa a cavalo.





Depois de um período no Uruguai, segue com o marido para a Itália, onde até hoje é venerada como heroína da unificação do país.



Destemor e paixão são virtudes presentes na personalidade de Anita. Em várias ocasiões, Garibaldi pede que ela permaneça em lugar seguro enquanto ele se arrisca.



-"Você quer é me deixar", ela respondia e armava-se para acompanhar o marido nos combates.



Em julho de 1849, 10 anos depois de o casal se ter conhecido, Garibaldi comanda a defesa da República de Roma contra os franceses. Enquanto janta com oficiais no quartel-general, alguém bate à porta. Giuseppe abre-a, abraça quem chega e anuncia:



-"Senhores, temos mais um soldado!"



Tratava-se de Anita, que atravessara uma região controlada pelos inimigos austríacos para juntar-se ao marido. A derrota frente aos franceses acaba forçando a fuga. Vestida de homem, a catarinense enfrenta cavalgadas noturnas, má alimentação e noites ao relento. Ardendo em febre, morre no dia 4 de agosto de 1849 em uma casinha humilde do feitor de uma fazenda do Marquez de Guiccioli, em Santo Alberto, em Ravena, na Itália. Ainda não tinha trinta anos e estava grávida do quinto filho.







Anita, nossa heroína brasileira, nasceu em Morrinhos de Mirim, no estado de Santa Catarina, na época, município de Laguna, em 30 de agosto de 1821, era filha do tropeiro Bento Ribeiro da Silva e Maria Antonia de Jesus Antunes.



Tivemos a grata satisfação de sermos presenteados há poucos meses atrás, com a minissérie da Globo, "A Casa das Sete Mulheres". Nos papéis de Anita e Garibaldi atuaram a atriz Giovana Antonelli e o ator Thiago Lacerda.



Esta minissérie foi uma adaptação da escritora gaúcha Leticia Wierzchowski, escrita por Maria Adelaide Amaral e Walter Negrão, onde podemos observar a Revolução Farroupilha por intermédio de uma ótica feminina.





Anita foi uma mulher além de seu tempo: voluntariosa, valente e com idéias próprias. A luta pela liberdade em qualquer nível é freqüentemente árdua e violenta, principalmente para alguém do sexo feminino. Anita, convicta de seus ideais, possuidora de uma personalidade marcante, caráter íntegro e totalmente fiel ao seu companheiro, que era a razão do seu viver, passou por muitas dores e sofrimentos, entretanto jamais esmoreceu. A soma de tantas qualidades lhe renderam um lugar de destaque na história da humanidade.



Anita Garibaldi é famosa também em estátuas em Roma, em Ravena, em Belo Horizonte e Florianópolis.



Casa de Anita: Restaurada na década de 70 e transformada em relicário histórico.

Sem ter sido formosa propriamente, nem possuidora de sólida cultura, onde quer que Anita Garibaldi aparecesse, dela se irradiavam a luz e a fascinação de uma extraordinária personalidade, duma vontade inquebrantável e senhorial; luz e fascinação poderosas a ponto de constrangerem ainda hoje - impossível a presença física de Anita - até mesmo a um pessimista que se dispuser a detalhar a biografia. A mera curiosidade inicial do estudioso brevemente cederá lugar à atenção maior..." (Wolfgang Rau)

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