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Cronicas-->1988 - Tipo Inesquecível, outros -- 13/05/2016 - 16:34 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"... esperando que eles sejam sempre inesquecíveis...". Terminei assim minha crónica passada, com esperança de meus eus serem lembrados por todo o sempre. Pelo menos por mim, não é pessoal, pelo menos por mim. Prometo que vou tentar e do eu de hoje acho que vou lembrar-me sempre, pois ficar em casa se recuperando de cirurgia é de um tédio só, mesmo com presidências afastada e em exercício. A propósito, não precisam se preocupar, só foi uma extração de vesícula e correção de uma hérnia.
Mais uns dias e já posso jogar bola pelo Barcelona, ou pelo Shakhtar, vou ver e enquanto isso tem mais alguns tipos, como o Turano, sem maiores detalhes e o Seu Fregnan, também sem detalhes, só tênues lembranças. Porém do Dalloubeaux direi que, talvez o sujeito mais amalucado das minhas lembranças e por isso aqui. Era um francês, vindo da Argentina, onde dirigia uma das fábricas da empresa que eu trabalhava e chegou até ser sequestrado por um dos movimentos contrários ao governo. Depois foi libertado e mandado ao Brasil para ser um aspone qualquer, tenho comigo que o movimento dever ter pagado para ele ir embora, devido à maluquice toda dele. Maluquice a postos no dia a dia daquele tempo e eu bati de cara com ela, a ponto de sair da empresa, mas alegre e com certa fama... Boa! Por tê-lo enfrentado.
No quesito amalucado tenho mais um, só que do bem, estrangeiro também e de nome John Stig. Arrumei um emprego novo, ótimo de tudo e ganhei-o como chefe, mas como diria meu pai: Vou te contar e quem sabe colocando um: que sujeito mais arcaide, pela atrapalhação toda do enfistulado. Um palavreado difícil de entender, pela sua origem dinamarquesa, misturada com a sua pretensa carioquice, visto morar em Campos, no estado do Rio e porque está nesta crónica. Por essa maluquice toda e por seis meses depois eu ter ficado com o lugar dele, o que melhorou esse meu emprego pelos seis anos seguintes, quando saí e fui cuidar da vida em outros lugares. Já do John, não sei de mais nada.
Cuidando da vida, fui trabalhar na Praça Ramos, atrás do Teatro Municipal de São Paulo, isso em mil novecentos e oitenta e oito, numa empresa gigante de cimento e de tipos de todos os tipos. Um deles, do quesito amalucado podemos dizer, alegre e contador de histórias, cada uma mais absurda que outra, porém verdadeiras segundo a sua versão e toma nós ouvi-las todas. Era o Jerónimo, não do sertão, mas herói das histórias. Não dá para contar nenhuma aqui, pois picante é pouco para catalogar e só direi da sua coleção inusitada de... Ah, não dá para dizer.
Fiquei quase dois anos nessa empresa, cuja roupa de trabalho era terno, ou paletó, mas gravata sempre e barba nem pensar, bigode no máximo e aparado, olha lá. Cabe nessa descrição o Pereira, Pereirinha para todos e já nascido de terno e gravata com os sapatos mais engraxados que já vi na vida. Nunca tirava o paletó, calor que tivesse e no frio, usava o mesmo pulóver de sempre e da cor do terno, sei que não era o mesmo terno, mas parecia ser, no entanto o Pereira está aqui mais pelo seu jeitinho peculiar de encarar as amolações cotidianas. Era só olhar o seu queixinho indo à frente, para perceber que estava irritado ou aborrecido com o interlocutor, pessoalmente, ou ao telefone. Parava, ficava ouvindo e olhando, quando soltava um meio palavrão. Ó carai... Era só o pessoal perceber alguma exaltação dele que parava, sem respirar até ele soltar o famoso meio palavrão, já inteiro. No mais, era muito generoso e amigo dos amigos.
De outra empresa que trabalhei antes tem o Luiz Augusto, bão demais e dono do sorrisinho mais irónico já visto. Só visto, contudo, quando ele saía dar uma volta pela sala e, agora, imaginem isso numa situação pré-banheiro. Então, isso mesmo que pensaram e os colegas é que sofriam seus "divertidos" puns. Nesta sexta, treze de cinco de dezesseis e de repouso por ordens médicas, mas trabalhando mais do que devia, encerro por aqui. Inté!
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