É reproduzido a seguir artigo do Jornal "A Notícia" de 14 de setembro de 2001.
CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO EM SANTA CATARINA
“Santa Catarina manteve dois campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Num período ainda obscuro da história catarinense, entre 1942 e 1945, pelo menos 200 pessoas foram confinados sob a acusação de “invasores infiltrados”, “espiões” ou “agentes de Hitler” em campos montados em Florianópolis e Joinville.
Além de dois campos de concentração, delegacias serviram para que milhares de estrangeiros e descendentes fossem detidos em todo o estado, interrogados, e não raras vezes torturados por agentes da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), simplesmente porque falavam alemão ou italiano.
Em todo o país, o governo de Getúlio Vargas perseguiu, prendeu e confinou mais de 3 mil alemães, italianos e japoneses em campos de concentração criados em oito estados brasileiros.(...)
Na época, nas colônias e cidades vigiadas, ninguém saía de casa ao anoitecer e todos os que falam (sic!) português com sotaque europeu silenciaram, com a certeza de que as próprias palavras seriam utilizadas com prova do subjetivo crime contra a segurança nacional.”
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É evidente que muitos atos praticados pelo governo foram encobertados por pessoas de caráter duvidoso, que sempre têm interesses com o sofrimento e angústia alheios. Isso sempre aconteceu no Brasil, seja no período relatado, seja durante a Ditadura Militar.
Inclusive um parente distante meu, Jacob Arns, passou alguns meses trancafiado na prisão de Trindade, em Florianópolis. Ele foi preso por dar aulas aos imigrantes alemães na sua língua-mãe, e foi separado de sua mulher grávida e três filhos pequenos.
O BRASIL DEVE MUITO AOS IMIGRANTES, E VAI PAGAR!!!