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Artigos-->Eu sou contra ao consenso -- 04/10/2003 - 19:15 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Eu sou contra ao consenso

Athos Ronaldo Miralha da Cunha



A direção nacional do PT tem trabalhado para construir o consenso com vistas às eleições 2004. Principalmente, as candidaturas às prefeituras das capitais onde o partido é governo.



Embora a cidade de São Paulo tenha maior poderio econômico e político com a prefeitura liderada por Marta Suplicy, é para Porto Alegre que voltamos nossas atenções quando o assunto é eleição municipal. Teremos o quinto mandato consecutivo do PT?

Porto Alegre é a vedete da esquerda brasileira em administração pública. O modo petista de governar amadureceu em quatro mandatos na Capital. Por isso torna-se fundamental para estratégia do partido uma quinta vitória do PT na capital gaúcha.

Há uma semana todos os caminhos indicavam para uma inevitável prévia entre Raul Pont e Maria do Rosário. Dois quadros do PT com uma larga folha de serviços prestados à luta dos trabalhadores. Dois currículos políticos invejáveis.



Estávamos todos preparados para mais uma disputa interna com as prévias da Capital gaúcha. As prévias do PT são instrumentos de democracia e de debates. Aflora a participação da militância e pulsa o coração petista em cada filiado.

É um momento em que o partido debate suas estratégias e faz a sua autocrítica tão necessária para avaliar a sua atuação nos mais diversos governos.

As prévias de Porto Alegre seriam esse palco de discussões e reflexão partidária. Gostaria que houvesse essas prévias pois seria dada à base do PT essa escolha e não um mero arranjo de lideranças das tendências sem um mínimo de debate.

Discutiríamos internamente as questões que envolvem os anseios do povo da Capital. O que foi feito e o que falta fazer em Porto Alegre. E, certamente, o governo Lula e as estratégias do PT para o Brasil.



Aqui no RS vivemos situações que foram emocionantes e nervosas com duas prévias entre Olívio e Tarso ao governo do Estado. Nessas duas oportunidades o partido ficou polarizado e, posteriormente, com uma unificação duvidosa e titubeante. Mas devemos reconhecer que foi um momento rico em debates e efervescência política do PT. No meu modo de pensar um método salutar de envolvimento e participação da militância. O partido fervilha.

Se alguns derrotados não tiveram a participação devida na campanha a reflexão tem que ser feita em fórum íntimo. E colocar em prática a máxima “Eu sou um soldado do Partido”. E como soldado acatar o recado das urnas e engajar-se na campanha.

Em tese, após o resultado, há unificação em torno do nome vencedor. E devemos convir que conforme o nível dos debates o desgaste interno expõe algumas feridas que custam a cicatrizar. E a conseqüência disso poderia ser desagradável para os planos do PT, inclusive na sucessão de Lula em 2006. E foi assim que a direção nacional avaliou e interpretou a atual conjuntura.

Para salvaguardar o governo Lula com disputas internas, as grandes lideranças do PT decidiram que deverá haver candidaturas de consenso, principalmente em Porto Alegre. Uma espécie de consenso por decreto. Um consenso de cima para baixo. Um consenso articulado.



Então, reuniram-se em uma sala os pré-candidatos, algumas lideranças estaduais e o presidente nacional do PT, José Genuíno. E no final foi anunciado o consenso petista em Porto Alegre. Maria do Rosário renuncia à sua pré-candidatura e Raul Pont é ungido a candidato a prefeito de Porto Alegre.

Na foto aparece o presidente nacional do partido, Raul Pont e Maria do Rosário. Raul com um sorriso de orelha a orelha e Rosário aos prantos.

Que raio de consenso é esse em que um candidato sai retumbante e feliz e a outra banhada em um mar de lágrimas?

Eu desejava o profundo debate das idéias nas prévias.



A propósito, não tenho o título de eleitor em Porto Alegre, mas votaria, com toda a esperança de um grande governo, em Maria do Rosário. Uma visão moderna do PT. A novidade na eleição. Enfim, uma mulher para comandar os destinos da capital gaúcha. É lógico, influenciado, em parte, pelos maravilhosos olhos azuis da deputada mais votada da Capital.







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