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Cartas-->Carta de Hernani G. Teixeira -- 17/05/2008 - 18:03 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prezados amigos

Estou, como vocês, acompanhando com preocupação o noticiário dos jornais que fala do Plano de Defesa Nacional (o termo Segurança Nacional parece estar contaminado), reformulação de efetivos das FFAA, redução do número de oficiais generais com vistas a passar para a reserva o que sobrou na ativa daqueles militares que ainda possuem memória do que ocorreu antes e durante os governos militares. Junto com vocês leio indignado que mais de 2 bilhões de reais foram já destinados ao pagamento de indenizações às “vítimas da ditadura dos anos de chumbo”. Na Folha SP de hoje leio declarações do Ministro da Justiça se auto-rotulando como “socialista revolucionário” (sic), o que representa tudo que um Ministro da Justiça não poderia ser segundo as leis vigentes, e que considera que os “torturadores” do regime militar não se enquadram na Lei de Anistia, citando o Ustra nominalmente. Têm ainda as notícias da RI Raposa Terra do Sol, as repercussões da fala do Heleno, e essa região eu conheci bem nas duas décadas em que vivi na Amazônia. Teria muito mais para dizer mas seria repetitivo falar o que todos vocês já sabem.

Parece-me que, fortalecida pelos sucessos da economia e pelo fantástico grau de aprovação do presidente, as esquerdas estão se assanhando. Parece-me também que a pior coisa que nós, militares, podemos fazer é deixar-nos levar pela emoção e sairmos por aí distribuindo agressões verbais (que, diga-se de passagem, não seriam injustas). Primeiro porque a maioria de quem nos lê já pensa como nós, segundo que a esquerda está no poder e está e vai continuar usando-o com todas as regalias que possam arregimentar, terceiro que parte da mídia (cada vez menor, mas ainda um número ainda bastante significativo) simpatiza, flerta ou está casada de papel passado com a esquerda e só dariam guarida às nossas opiniões em caso de calamidade pública, o que ainda não é o caso. O quarto argumento, para mim o mais importante, é que o ponto fraco das esquerdas, o seu calcanhar de Aquiles, é o fato de prezarem a opinião pública e dependerem dela para se sentirem fortes. Vejam, como exemplo e como confirmação, os esforços do presidente em fazer quase um comício por dia.

Ele, que de bobo não tem nada, já percebeu que a guerra é de comunicação, de como torcer a seu favor as informações, como não falar no que não lhe interessa e de como calar quando esta é a linha de ação que melhor lhe atende.

Há ainda dois fatos que não podemos deixar de considerar. Um deles é que a maioria do povo brasileiro não está nem aí para esse negócio de esquerda ou direita, é desinformado e só ouve o que vem do lado do governo porque não existem vozes atuantes do nosso lado. A oposição brasileira é uma brincadeira. O segundo é que somos, como instituição, uma das melhores conceituadas pela opinião pública.

Tudo isso está sendo dito para fundamentar uma proposta: usando os clubes militares como instrumentos de divulgação de nosso pensamento – foi para isso que foram criados – e utilizando linguagem e técnicas de comunicação do melhor nível, lançarmos uma campanha de esclarecimento público que jamais caia na armadilha de uma linguagem descabida, de um enfrentamento desnecessário aos nossos interesses visando conquistar as mentes ainda indecisas. Seria melhor que o silêncio e que inflamadas palavras para nós mesmos. Quem está na bronca, como diz o ditado, já perdeu.

Autorizo divulgação

Hernani G Teixeira

ht_consult@hotmail.com



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