Ontem, no Serginho, o César saiu-se com um estrodóntico sucesso esse rapaz, para definir um dos cantores e ainda disse estar tomando tenência, com relação a sua vida daqui por diante, mas as palavras dele não valem como aprendizado, já que a maioria ele as cria.
Estrodóntico não existe e tenência tem oito resultados no dicionário, três delas relacionadas ao posto de tenente; uma como obstinação, outra como cuidado, cautela e outras como vigor, firmeza, força, costume, hábito, jeito. Nosso português é assim, cada palavra tem um monte de significados, depende sempre do contexto. No caso do César, acho que ele quis dizer que seria mais focado. No quê, não entendi, pois ser prolixo é a sua causa.
Prolixo, não é colocar as coisas no lixo; é aquele que usa palavras em demasia ao falar ou escrever, oops... E vocês que assistiram o bebebe quinze tomaram doses de prolixidade, quase sempre fora de contexto ou sem nenhum. Fechando essa parte, de brincadeira, fiz um teste do César, com dez palavras. Acertei seis e quatro não existem. Se duvidam, só procurar no televisão.uol.com.br/. É uma inebriante seducência!
Voltando ao mundo real, pragmático é tudo que esse rapaz não é, se utilizarmos uma das definições, que diz pragmático ser voltado para objetivos práticos, realista e objetivo. Porém por outra definição, ele o é. Aquela concernente à ação e ao bom êxito de algum empreendimento. Ele venceu o programa e pronto, mais pragmático não existe. Eu gosto dessa palavra pragmático, pelos seus sinónimos - ativo, objetivo, prático e realista.
Antes de alguém carcomer esse meu texto, esclareço ser este só um jogo de palavras, entre algumas anotadas por mim e as do rapaz acima. Carcomer é roer ou reduzir a pó uma madeira. Pode ser arruinar, destruir. Li dia desses, num texto qualquer e anotei, como também anotei misógino. Vem de misoginia, o ódio ou aversão à s mulheres. Outro texto, outro contexto, porém o misógino parece sempre querer carcomer uma mulher. Carcomer! Já o filógino é aquele que tem grande apreço pelas mulheres.
Sem xenofobia ao rapaz, trago mais duas das dele - abestinadamente e efusiado, ambas inexistentes e ser xenófobo é manifestar aversão, desconfiança ou temor por pessoas estranhas ao seu meio ou cultura. Ou o que vem de fora do país. Anotei xenofobia num texto falando dos naufrágios no Mar Mediterràneo, das pessoas tentando chegar à Europa.
Do nada, está fácil chamar alguém de fascista; pelo menos é só abrir qualquer texto político e lá está a palavra fascista. Advém do fascismo, um movimento político e filosófico, como o italiano de Mussolini. Prevalece o conceito de nação e raça sobre os valores individuais, um governo autocrático e ditatorial. E dá-lhe uma deputada chamar outro - seu fascista...
E o Levy, que está aplicando um choque heterodoxo, contrariando padrões e normas, já estabelecidas pela ortodoxia, cujo seguidor seria uma pessoa ortodoxa; um tradicional e que não tolera o novo e o diferente. Já tem tempo que todo novo ministro económico gosta de ser heterodoxo e dessa heterodoxia toda, as vitimas sempre somos nós. E pessoal, estou falando de economia, nada daquelas fobias todas...
Sem vilipendiar o digno rapaz, meu companheiro desta crónica, escrevo mais palavras usadas por ele e que podem ser usadas por todos, já que existem e fazem parte da nossa língua - cizània, ignomínia, descurar, profícuo, transigir, sobrepujar. A utilização de todas elas pode até deixar o texto mais bonito, se houver contexto.
Foi o que tentei, neste domingo, vinte e seis de quatro de quinze, ao som de Los Mejores 30 Boleros Romanticos de Ayer, de Hoy e de Siempre. Prometo tomar tenência e sobrepujar nas futuras cronicas, esperando um estrodóntico sucesso... Epa! (Ou seria Cuma?)
|
