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Poesias-->DESEJOS -- 23/11/2001 - 10:45 (wladimir olivier) |
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Sou ladrão, como qualquer outro.;
sou vil.;
sou nojento.;
sou imundo,
mas não sei mentir.
Tenho minha parte de animal.;
talvez seja todo animal,
mas confesso-o,
abertamente,
para que me vejam,
assim como sou,
como sempre sou.
E todos são tão nojentos quanto eu.;
mais nojentos ainda,
pois não no confessam,
não se abrem para o mundo.
Se pudesse matar para lucrar,
impunemente, eu o faria, de todo coração.;
sufocaria a consciência.;
não pensaria mais no assunto,
e teria tudo que quero.;
satisfaria meu desejo de inércia,
para poder pensar e utilizar a única arma existencial que tenho.;
adquiriria a experiência do mundo.;
acabaria com minha ingenuidade.;
abraçaria as mais lindas mulheres.;
conheceria os mais sublimes gênios.;
gozaria todos os prazeres do corpo
e todas as delícias do espírito.;
depois, acabaria com a vida.
17.02.58.
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