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cronicas-->1960 - Presentes! -- 29/11/2014 - 16:12 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Presente indica o agora, o este momento, o já; um minuto atrás já não o é mais. É passado e daqui um minuto não o é também. É futuro. Minha primeira palavra desta crónica já virou passado, assim como o fato de eu estar presente em São Miguel, sexta pela manhã, também virou passado. Já se eu estiver presente em São Miguel, sexta próxima pela tarde, será futuro; difícil essa coisa de presente, com relação ao tempo presente.
Pelo Houaiss temos que presente pode ser adjetivo de dois gêneros, com oito definições e pode ser também substantivo masculino, com mais quatro definições. Mais oito locuções, etimologia, sinonímia e variantes, homonímia, só para complicar. Complicar mais, só ir ao Google e deparar-se com mais de quinhentos milhões de resultados. Porém, achei o que queria: Presente é tudo aquilo que se oferece a alguém com a intenção de fazer este mais feliz, em sinal de atenção, confiança, amor ou amizade e que seja de forma espontànea e sem requerer algo de retorno. Pode ocorrer em datas especiais, ou não.
Cheguei nesta palavra, porque acabei de embalar e escrever cartões para dar de presente, mais de quarenta presentes, aos meus parceiros de labuta e dia a dia da Marfin. Ainda tenho quase trinta presentes para fazer o mesmo e dar de presente. Os presentes que embalei, também podem chamá-los de regalo, mimo, brinde ou lembrança.
O Marcão, nosso calculista, gosta de regalo. Quando fechamos preço para um contrato qualquer, ele concede desconto, mas encaixa um regalo na minha dívida. Já no meio rotário o mais usado é o mimo. É praxe conceder mimos ao governador, quando de sua visita oficial e a outros visitantes. Já quando eu ofereço cachaça piracicabana aos meus visitantes, isso se encaixa na categoria de brinde. Tenho no escritório, na parede atrás de mim, um sem-número de lembranças, todas trazidas pelas pessoas amigas de suas viagens de férias. Só vale delas, nunca de mim mesmo.
Tem gente que fala: Eu mereço e sai comprando presentes, regalos, mimos, lembranças. De eu mereço em eu mereço, a conta pode ficar alta, não é mesmo. Atire a primeira pedra quem já não pensou assim. Pronto, já atirei. Ah, eu mereço, vou levar...
No caso dos presentes, cujos estou mexendo, todos eles são merecidos, já que os que vão recebê-los são plenos merecedores e sem eles meu presente seria difícil, já o futuro impossível de sê-lo e do passado eles têm responsabilidade tamanha. Só para dizer que eu gosto de todos eles e gosto deste momento presente e dos presentes que comprei. Acrescento que as mocinhas, que me atenderam na loja de perfumes, foram tão gentis, tão legais, merecedoras também de presentes, já que foram uma dádiva.
Uma das definições, do Houaiss, diz presente ser qualquer coisa que se concede a alguém, dádiva, dom e cita um exemplo da água ser um presente de Deus. Quando eu estive presente em São Miguel, sexta passada, uma dádiva foi encontrar o Góes elaborando o presépio e entabular um minuto de conversa e trocar sorrisos, além de falar da nossa idade de sessentões, aliás, São Miguel Arcanjo é sempre um presente, um dom, uma dádiva.
Por falar em presentes, minha memória traz um regalo em dinheirinho que minha Vó Isidória me dava, um caminhãozinho que meu pai trouxe de Iguape, uma maçã argentina que minha mãe me deu para comer inteirinha, escondidinho na área, atrás dos vasos. Um estojo ganho no quarto ano, os mimos que meus anjos da guarda me legaram. A calça, em sessenta, comprada pelo meu pai lá em Curitiba, que achei ser de menina.
Tenho muito mais presentes a dizer neste presente, de quase quatro da tarde, de sábado vinte e nove de onze de quatorze, mas o maior presente parece ser viver cercado de gente merecedora de presentes, mimos, regalos e lembranças... Uma dádiva só. Presentes!
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