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Cronicas-->2014 - Serras de Volta -- 01/09/2014 - 19:08 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de vivenciar as duas serras, dantes e d´agora, hora de voltar... Até parece dolorosa a volta, quando você pensa dos quilómetros a percorrer. Ai ai, não vai ser fácil. Muita calma nessa hora, qualquer um diria e disse eu para mim. Domingo cedinho, café rápido, corre co´as malas, check-out e cadê o carro. Putz, pessoal, que neblina. Essa sim, a maior. Seria a melhor, se ficássemos. Eu tinha estudado voltar por Cambará do Sul, depois por Bom Jesus e por São José dos Ausentes, mas ausente fiquei eu, pelas chuvas e estradas levadas pelas enxurradas. Então vamos por Tainhas e pela Rota do Sol, na nam, nem pensar. A neblina acima, espessa demais não deixou.
Virei em Canela e vamos pela mesma rota da vinda: Nova Petrópolis, Caxias, Vacaria, o que eu já contei tudo. Pulando esta parte, eis Lages. Que chuva e que vontade de fazer xixi, quando, já meio perdido, achei um posto bacaninha e vazio. Encostei para abastecer e fui ao banheiro, ufa total. Melhor a loja de conveniência, onde me enchi de guloseimas e salgadinhos, para pegar o caminho de São Joaquim, vencido com chuva e uns noventa minutos. Ai que bom, Incomol Park Hotel, um pouco melhor daquele de Lages, da ida, lembram...
Instalados, falei Edna, já para a Serra do Rio do Rastro, cinquenta e quatro quilómetros dali, mais os doze da própria e chuva no lombo. Duas horas depois, um café com pão nos alegrava, já em Lauro Muller. Desci, mas não vi. Subi e não vi. Duas horas depois, seis da tarde e sentado na cama, dei conta da descida e subida da serra, da chuva e da neblina. Parecia aquele filme Horizonte Perdido, sem o Shangri-La. Porém, eu estava alegríssimo, juvenil até. Tinha andado pela Serra com sol, em dois mil, e com chuva-neblina agora.
Porque tudo isso, é que eu acho espetacular essa serra. Puxando da internet, a Serra do Rio do Rastro é uma das serras de Santa Catarina, localizada no sul do estado. É cortada pela rodovia SC-390, onde se tem uma linda vista, muitas matas e cachoeiras, é um dos cartões-postais do estado. Localiza-se no município de Lauro Muller, a mais de mil e quatrocentos metros de altitude e o ponto mais elevado, próximo da descida, a sudeste, é o Morro da Ronda. O percurso da serra é caracterizado por subidas íngremes e curvas fechadas, coberta pela mata Atlàntica, com uma fauna bem diversa e além da grande beleza da paisagem, a Serra faz parte de uma coluna estratigráfica clássica do antigo supercontinente Gondwana no Brasil, a Coluna White, tendo sido classificada como um dos sítios geológicos brasileiros. Tem muito mais e melhor que ler é descer e subir essa serra, o que é ótimo.
Ai que fome, procurar no guia onde comer em São Joaquim, terra do frio e das maçãs, famosa no Brasil, por nevar às vezes, nunca sobre mim, mas já passei frio aqui. Achei o Pequeno Bosque, macarrão bem feito com uma taça de vinho das boas, tem até de maçã. Café e a conta e o cansaço pegou. Sei que tomei banho, nem me lembro de ter sonhado e a segunda chegou, seis da manhã, pouca neblina e frio, sem café e São Paulo na cabeça. Por Urubici, mais frio ainda e menos que Urupema. Aqui mereceria um quesito próprio. Você sai e anda dez-onze quilómetros e vira à esquerda, começa a subir, até o carro avisar do perigo de neve na pista, só olhar a temperatura em dois graus. Subiu, tem que descer, a temperatura aumenta, as curvas e as descidas, mais as pirambeiras. Serra ferrada, mas dizem ser fichinha perto da Serra do Corvo Branco, ali encostado, indo para Grão Pará. Urubici, sim, parece um Shangri-La.
Passamos rápido e mais serra até a beérre dois oito dois, sentido Florianópolis, com mais serras e descidas, aonde chegamos quase onze horas, já ao nível do mar e calorzinho. Beérre cento e um e placa mostrando São Paulo a setecentos quilómetros. Edna me olhou e pista dupla, oceano à direita, deitar o cabelo nos cem cento e vinte, nove horas mais de estrada, algumas paradas e nossa casinha chegando e, hoje, dezessete de sete de quatorze, continuo dizendo que valeu a pena, sem pena do cansaço, dos cansaços...
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