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Cartas-->Atirando com a reserva -- 26/09/2007 - 09:19 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atirando com a reserva

Ernesto Caruso, 25/09/2007

“Tenho consciência de que o Exército de hoje foi construído pelo de ontem; de que a ativa um dia se tornará reserva e de que, regidos pela hierarquia e pela disciplina, somos um todo inseparável e coeso."

Brasília, DF, 28 de março de 2007.

General-de-Exército ENZO MARTINS PERI
Comandante do Exército

Conversar com a reserva é um objetivo expresso pelo Comando do Exército Brasileiro e consta nas suas páginas eletrônicas no mundo da internet, naturalmente buscando interagir com o público interno da Força que por lei, ao atingir a idade prevista ou outros motivos, se encontra na reserva ou reformado em merecido repouso. Carreira árdua que o segmento civil da sociedade de certa forma desconhece.

Só como lembrete, destaco um serviço, como p.ex., de comandante da guarda ou oficial-de-dia em um domingo (Páscoa ou Natal). Às sete horas lá está a nova equipe na formatura, revista de uniforme, barba bem feira, cabelo cortado e coturno engraxado para a assunção do serviço. Após 24 horas a equipe é substituída, segunda-feira, dia de expediente e o trabalho os espera nas repartições, soldados, cabos, cabos, sargentos e oficiais, até às 16 horas. Administração e instrução. Não vão para o repouso como acontece fora da caserna, um plantão de 24 horas corresponde a três jornadas e um descanso que varia normalmente de 48 a 72 horas. Mas, o militar ficou 33 horas no quartel, volta na 3ª feira e se houver vai para o acampamento, 3 ou 4 dias. Pode tirar um outro serviço, nos dias úteis, permanecendo até o dia seguinte, cumulativamente com o expediente. Quantos desses ainda estudam à noite, se preparam e mais se comprometem com a Pátria.

Os civis desconhecem na minúcia, mas depositam expressiva confiança nos propósitos das Forças Armadas, portanto, na gente fardada, tal o elevado grau de credibilidade colhido nas pesquisas de opinião comparativamente com outras instituições.

O momento exige mais do que a conversa, sumamente importante, pois aproxima, une e reintegra parte do seu componente, legalmente armado.

Inegável reconhecer todo o processo de desintegração das instituições paralelamente à degradação moral, enfraquecimento da nacionalidade, particularmente pelo revisionismo histórico de desconstrução de mitos e heróis, incentivos aos conflitos sociais e raciais e facilitação para a criação de enclaves a partir das reservas indígenas na fronteira norte. Por outro lado, carreia-se toda a forma de recurso para os próprios bolsos, mantendo posições de controle político, para remunerar legalmente os órgãos de apoio na área da comunicação social e organizações de massa, adestrá-las, distribuir cargos de chefia para efetivo controle da administração pública, aliciamento das camadas pobres pelo assistencialismo crescente e afastamento dos militares do processo decisório, aliado a uma insidiosa orquestração de difamação das Forças Armadas, tornando-as subservientes, menosprezadas e com os seus Comandantes desprestigiados.

Assim, recordemos toda uma propaganda enganosa por ocasião do referendo sobre o desarmamento, ao qual era dado esse tratamento, ludibriando principalmente senhoras de boa fé, que compartilhavam desse objetivo, quando na realidade propunha a proibição da comercialização de armamento e munição no Brasil, sufocando um pouco mais a sua soberania e criando mais obstáculos à indústria de material bélico, além de copiar os regimes totalitários. O Estatuto do Desarmamento, não há que se negar, facilitou a destinação de armas em mãos de quem delas não precisava, mas também criou exigências inclusive para militares que detêm o direito legal de portar armas.

Ora, exatamente devido ao porte legal e uma Avaliação Psicológica para a Manutenção do Registro e da Autorização do Porte de Arma de Fogo, criada somente para os militares inativos, há que se levantar uma razão para essa providência. Qual a estatística que induziu a referida iniciativa, onerando o militar que já tem os vencimentos aviltados, com os custos do exame, a não ser mais uma provação e humilhação a submetê-lo.

Uma alternativa seria o acolhimento do pessoal da reserva de forma voluntária para a prática de tiro, manutenção do seu armamento individual e instrução de reciclagem, às expensas do militar interessado.

“Atirando com a reserva” vai além do “Conversando com a reserva”, mas se completam, porque “somos um todo inseparável e coeso”, mais do que nunca impositivo na penumbra quando a ameaça pode surgir de qualquer direção.

Ernesto Caruso



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