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cronicas-->1964 - Serras de Ida -- 18/06/2014 - 16:19 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou te convidando para nosso encontro, te mando as passagens. Avião, de certo, mas retruquei que iria de carro; Gramado é logo ali mesmo. O evento quinta e sexta, pensei comigo na hora: Viajo na quarta, chego na quinta. Pronto, vambora Edna. Asx na mão e Rodoanel pelas cinco e pouco da manhã, com Lages Santa Catarina no pensamento. Saudosa e antiga beérredois, hoje centoedezesseis, duplicada e pedagiada, até a nossa primeira serra, Serra do Cafezal, em obras e aquele monte de carretas de todos os tipos e marcas, querendo te engolir. Foi quando comecei a contar as minhas histórias, afinal, mais de cinquenta anos a passar por ali.
Viu Edna, aqui já te contei do "Japonês", começou com uma barraquinha de nada, vendendo churrasquinho, assado ali, ó, naquela churrasquerinha. No meio do mato, por assim dizer, com aquela bica d´água enorme, vindo lá do alto, por um caminho de bambu. Ninguém daria nada, porém deu tão certo, que hoje virou Graal e perdeu o encanto, para quem viu o que vi. A própria serra também perdeu, para quem andou nela de Mercedinho Cara-Chato. Vejam só do descritivo de agora: A Serra é uma serra de São Paulo, altitude de mil e cem metros, do sistema Serra do Mar, com trecho não duplicado, local muito perigoso, onde ocorrem muitos acidentes graves, envolvendo caminhões. É de chorar, não é.
Com paradinha no Graal Japonês, baixada de Registro e próxima serra, conheço por Serra do Azeite, quando a estrada se divide. Na região de Barra do Turvo, até fácil de percorrer, mas já foi complicada e cheia de histórias, com um único motivo, óleo na pista, jogado para provocar acidentes mesmo. Você pesquisa e confirma tudo, fica sabendo que era criminosa a coisa, ainda bem já resolvida. Eu estava devagar e devagar cheguei ao Paraná, com a serra mais interessante ao lado, dizem, mas não conheço. É a Serra da Graciosa, que atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlàntica do Brasil, marcado pela mata tropical e pelos belos riachos, fiquei só na vontade.
A estrada bifurcou e decidi passar por Curitiba, não tem serra, só a Linha Verde, que substitui a estrada, um tanto congestionada, contei minhas histórias, dos bairros Pinheirinho e Bacacheri, quando criança estive por lá, quanta diferença, também essa Linha é de dois mil e nove, um grande projeto urbanístico e Curitiba, todo mundo sabe, é uma cidade padrão. Pronto, beérrecentoedezesseis de novo, no Paraná até Rio Negro, sem uma serra a declarar, só descidas, subidas e curvas, mais casas de madeira e araucárias. Chega a Mafra e região serrana de Santa Catarina, mas não exatamente as serras catarinenses, que conto depois.
Certa ansiedade já nos acometia, porque não andávamos, em função de obras; sabe aquele jeito de parar, aguardar o outro lado passar. Antigamente, os funcionários das construtoras usavam um pauzinho com bandeirinha. Hoje, é pelo rádio uoalquitalqui. Cada trecho uma parada, dá até para comprar um docinho, pé-de-moleque ruinzinho de tudo.
Uma enxaqueca me pegou e contra-ataquei com três Neosaldinas e olha lá Lages, setecentos e sessenta e nove quilómetros exatos até o hotel, pelas cinco e vinte, quase doze horas de viagem. Não têm ideia das costas e das pernas e da decepção com o hotel, como estava decaído o coitado e não é por ser beira de estrada não. É por má gestão. Devo dizer que o chuveiro, pelo menos, uma maravilha, parecia uma cascata de água quente. Nem descemos para o centro de Lages, ficamos numa sopa no restaurante de um posto por pertinho,
Acrescentando que andei por aqui, quando era chão, tinha muito mais madeira e antes de desmaiar na cama, estudei o mapa para o dia seguinte, uns trezentos quilómetros mais, quando eu tinha expectativa grande de rememorar um passado muito lúdico para mim, coisa de criança mesmo, mas nesta quarta após o empate do Brasil, dezoito de seis de quatorze peço que aguardem, pois contarei depois. Inté.
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