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Cartas-->Ajude a manter o Museu da FEB -- 30/08/2007 - 17:02 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Você, militar ou civil, pode contribuir para que não morra o Museu da FEB, mantido pela ANVFEB. Trata-se de uma página da nossa História. Entre em contato com o seu presidente, Cel (Ref) Osnéli Martinelli celmartinelli@gmail.com

OJBR


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Coisas da Política: O heroísmo esquecido

Mauro Santayana

JB Online - 30 de agosto de 2007

O presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, Osnelli Martinelli, está, mediante a internet, fazendo um apelo: sua entidade agoniza por falta de recursos e necessita de ajuda. Ela perece, na medida em que se findam os seus membros, todos octogenários e nonagenários. A entidade mantém pequeno museu e conserva viva a camaradagem entre seus associados, sobreviventes da grande gesta dos soldados brasileiros na Itália.

O Brasil e o resto do mundo se esquecem do imenso risco que todos corremos naqueles anos 30 e início dos 40. Os nazistas e os fascistas não escondiam o objetivo de dominar o mundo. Hitler pretendia o império sobre a América Latina (a chamada Germânia Austral) a partir de nosso país, conforme confidenciou a Rauschning, então seu gauleiter em Dantzig. Naqueles anos (como volta a ocorrer em nossos dias), a democracia era vista como grande frustração. Pedia-se a ordem, e se elogiava, em grande parte da imprensa mundial, o que se passava na Itália fascista, na Alemanha de Hitler e no Japão de Tojo. Nesses países, o Estado decidira aliar-se aos poderosos para estabelecer a ordem policial e manter os trabalhadores obedientes e produtivos. O totalitarismo não deixava qualquer espaço para a vida privada. Na Itália, o governo mantinha os trabalhadores sob vigilância permanente, até no lazer, mediante o programa de Dopolavoro. Na Alemanha ocorria o que se chamava "a alegria pelo trabalho", com jornadas extras e "voluntárias".

O Brasil formou a sua FEB rapidamente, a fim de cumprir os compromissos assumidos com os aliados. Desde a Guerra do Paraguai os nossos soldados só tinham a triste experiência dos combates internos, da Revolta da Armada aos conflitos de 1930 e 1932. Em 1914, embora houvéssemos declarado guerra à Alemanha, não havíamos participado diretamente dos combates.

Atuamos com bravura e dignidade na Itália. Conseguimos vitórias expressivas, fizemos mais de 20 mil prisioneiros, tivemos nossas baixas heróicas, e os nossos pilotos sobressaíram a ponto de terem sido condecorados especialmente pelo governo norte-americano. Tratou-se de uma ação nacional de legítima defesa. Havia a intromissão em nossa política interna, com o financiamento das atividades dos fascistas no Brasil pelos governos de Roma e de Berlim. As colônias italianas e alemãs do Sul do país pareciam protetorados, dirigidas por representantes do Partido Nazista e do Partido Fascista. O governo alemão mantinha milhares de escolas em que só se falava alemão e Hitler era saudado como líder e "libertador". Em agosto de 1942, fomos atacados nas costas de Sergipe, com o torpedeamento de navios de passageiros e mercantes, com mais de 1.200 vítimas. Assim, não fomos à guerra por capricho, nem para atender aos interesses geopolíticos dos aliados. Fizemos o que devíamos fazer, em nome das razões nacionais e dos valores históricos do humanismo.

Os que morreram na Itália, os que ali se feriram e os que tiveram a sua vida marcada nos combates de Monte Castelo e de Fornovo sacrificaram-se para que o Brasil continuasse unido - contra projetos separatistas que ainda persistem - e para que a soberania nacional não fosse ultrajada naquele momento tão sombrio para o mundo.

Mais de 60 anos depois da grande gesta, os velhos heróis estão praticamente esquecidos, e a associação presidida pelo veterano Martinelli pede a filiação de sócios contribuintes, a fim de evitar que se fechem suas portas.

Se o governo dá tanto dinheiro para as ONGs - muitas delas atuando contra os interesses nacionais - por que não cuidar das modestas despesas da entidade que reúne os velhos combatentes?


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