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cronicas-->1014 - De antes e assim por diante... -- 18/05/2014 - 16:47 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Relembrar é gostoso desde que não se deixe de olhar pra frente... Esta frase li e digo que gostei, pois não podemos deixar de olhar pra frente mesmo, não tirando nada do que escrevi semana passada. Como concordei que relembrar é gostoso, vou contar histórias, historinhas só, que não me fazer querer voltar, nem repeti-las. Só contar.
Sou careca juramentado, desde os meus quarenta e parece continuarei, pois não vejo remédio para isso. Neste caso específico, admito uma saudade dos meus cabelos, que não continuam mais os mesmos. Ainda em São Miguel, fui dar de apostar com meu pai, que ele não cortaria os meus longos cabelos; perdi, ele cortou e não tudo, mas não deu pro Paulico ajeitar, fiquei só com a parte de cima e hoje estaria na moda, pois vale qualquer corte, até os mais rebeldes. Mesmos dias que eu fui jogar vôlei, num campinho de terra atrás do Mercado velho, próximo do Ginásio e ano seguinte, treinei no Colégio Nestor, para uma única partida de final de ano, contra um time de Capão. Nunca mais joguei, sou atleta de uma partida só e lembro-me de um cara, que cortava paca, mas perdia pro Homerão, nosso rei naquele momento e uma historinha com ele, de quando morávamos numa república na Cândido Espinheira e ele trabalhava na Petrobrás, com meu irmão Toy. Acordei mais cedo e adiantei todos os relógios nossos em duas horas e pelas seis, acordei-os dizendo ser oito. Foi um corridão só, eles não perceberam e chegaram hora e meia antes, dando com as portas fechadas. Só aí, começaram a me xingar.
Por falar em vôlei, quem firmou esta modalidade no Brasil foi o locutor Luciano do Valle, falecido recentemente, de oitenta e três em diante, quando o time ficou conhecido como a Geração de Prata, medalha em Los Angeles. O chato e duro é que mesmo relembrando o Luciano o tempo inteiro, ele não voltará a viver, portanto recordar é só recordar.
Assim como o fato de ter dormido um monte a semana passada não te tira o sono de hoje; precisamos dormir, para viver o amanhã. Já falei de alguns sonos meus e direi mais um, quando voltando de Jacarezinho no Paraná, dirigindo o Verona, velho de guerra, mais deu uma soneira daquelas de parar na hora. Foi o que eu fiz, encostei e dei pro meu pai dirigir, mas parece que ele estava com mais sono que eu. Não me deixaram dormir nem cinco minutos e me voltaram ao volante.
Este Verona aí é de boas lembranças, só. Prefiro o meu carro de hoje, que amanhã darei uma boa recordada nele, já bem cedo, indo à Piracicaba, cuja estrada é considerada a melhor do Brasil e nem de longe me faz lembrar aquelas estradas que ilhavam nossa cidade. Bastava chover e pronto, uma cidade cercada de barro por todos os lados. O seu Erval, diretor do Colégio ficou patinando na subida da Santa Cruz até cair na vala. De casa, eu vi e mais dois corremos lá, tiramos ele e falamos para ir por Gramadinho, que dava para passar. Ele agradeceu e até se lembrou de mim, depois, quando fui chamado à Diretoria por algum motivo qualquer. Ah, ele foi prefeito de Porto Feliz e deve ter asfaltado as ruas da cidade, só por recordar essa passagem. Vai saber...
Mil anos atrás não nos levarão mil anos à frente, a não ser a utilização dos próprios mil anos à frente, encarando-os, pro que der e vier e tomara que o que vier dê para encarar. Nem com tudo o que já escrevi deu para melhorar a frase mil anos, mas deixá-la-ei assim mesmo. Por favor, façam um esforço para me ajudar. A vida reserva momentos e as coisas acontecem não por acaso, duas frases já ouvidas por mim tanto para falar do que foi, como para falar do que vem. Vamos torcer para que a vida continue reservando momentos e, por acaso ou não, momentos gostosos de viver. Sem dúvidas, o que futuro nos resta é viver, não é.
Neste domingo, dezoito de cinco de quatorze, encerrando mil antes anos que foram, direi mil anos que vem e assim por diante de novo...
 

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