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Cartas-->Carta ao Brigadeiro Ivan Frota -- 20/06/2007 - 15:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eloy
Enviado: sábado, 16 de junho de 2007 02:38:51
Para:
Assunto: Seu E-Mail

Prezado Senhor Ten. Brigadeiro do Ar Ivan Frota,
Mui digno Presidente do Club de Aeronáutica,

Seu comunicado sobre o infame Lamarca é excelente!

Tomo a liberdade de repassar o que o General Hamilton Bonat escreveu sobre aquele infame:
"Sou um ledor assíduo. De bulas a livros, leio de tudo. Mas, nos jornais, quando não disponho de tempo, vou direto às charges. Elas têm mais poder que as palavras. Contam a história de um país. No mundo todo, tornam políticos desonestos, os preferidos dos chargistas, mais humanos, simpáticos até. Nos divertimos com charges dos malufes, anões do orçamento, delúbios, mensaleiros, irmãos de presidentes e outros mais. Acabamos esquecendo do mal que fizeram. Num país de analfabetos, periga virarem heróis. É justo chargistas ficarem famosos e ricos.

A última coisa que procuro num jornal é o retrato falado. É muito grotesco e, na maioria das vezes, deturpa a realidade. Apesar dos modernos e sofisticados recursos existentes, o criminoso dorme tranqüilo. Aquele retrato pode ser o de milhões de pessoas, inclusive o dele.

Veja como isso é verdade. Imagine ter existido um capitão (chamemo-lo de Acramal) que tenha desertado, roubado armas, assaltado, assassinado a sangue frio, seqüestrado, cometido, enfim, toda sorte de crimes, até ser morto de armas em punho. Que antes disso, ele tenha mandado sua mulher e filhos à Ilha do “Comandante” a quem obedeciam. Ele cuidaria deles. Em troca, Acramal se comprometeria a lutar para implantar no seu país um regime totalitário, idêntico ao da Ilha. Suponha esta história contada por chargistas. Acramal viraria herói. Tempos depois, uma tal comissão de anistia concederia à sua família uma bela indenização e, à viúva, vencimentos de general.

Imagine, agora, a história dos irmãos de farda do ex-capitão, aqueles que se mantiveram leais ao seu país, ao seu exército e ao seu povo, transmitida num retrato falado. O resultado seria a anti-imagem: grotescos, antipáticos, violentos, selvagens, cruéis e tudo de abominável que se possa conceber. Simplesmente irreconhecíveis, passariam a ser os grandes vilões.

Gostaria que este fosse um caso hipotético. Mas é real. Não sei o que você pensa a respeito. Pode ser que concorde com o uso de dinheiro público para sustentar famílias como a de Acramal. Afinal, existem mais 30.000 pessoas com história semelhante, com as quais o Brasil gasta cerca de 1 bilhão por ano. Aplicar tamanho recurso em saúde, educação e segurança, talvez fosse mais conveniente.

Para mim, o sustento dessa turma deveria caber a “El Comandante”, para quem prestaram relevantes serviços. Até porque, dizem que ele é um dos homens mais ricos do mundo. É possível. . .


Eloy Franco

(dos EUA)






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