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Artigos-->COMPRANDO GATO POR LEBRE -- 07/09/2003 - 17:01 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Se realmente o Estatuto que protege e dá amplos direitos ao consumidor funcionasse a contento em nosso país, como ocorre em países mais desenvolvidos, não seríamos tão lesados em nossos direitos. No caso dos combustíveis a criatividade do brasileiro ultrapassou todo e qualquer comportamento que ocasiona a lei daquele atleta fumante, cuja espetacular divisa era a de "levar vantagem em tudo". Nos combustíveis, a toda poderosa Petrobrás, através de políticos, usineiros e toda sorte de aventureiros que levam vantagem em tudo, conseguiram há muito tempo - remonta aos tempos ditatoriais - a façanha de venderem alcool como sendo gasolina, perdurando essa estranha anomalia aos dias atuais.



Hoje a percentagem de álcool na gasolina chega a 25%. Mas, qual o consumidor que antes de abastecer seu veículo tem condições de medir isso?

Ninguém. Então podemos supor que somos lesados bem mais do que podemos avaliar. Essa prática foi, em tese, o principal mote para pessoas do ramo praticarem o crime de adulteração dos combustíveis. Exemplo a priori dado pelo próprio governo, uma vez que gasolina "alcoolizada" também é uma adulteração. Oficial é claro. Só deixa de ser ilegal porque nós, os consumidores fomos gentilmente avisados com antecedência da adulteração.



Sabemos de antemão que pagaremos aproximadamente R$1,90 por 4/5 de um litro de gasolina. Vamos arredondar par R$2,00. Se comprarmos 10 litros teremos uma conta de R$20,00. Ora, nestes R$20,00 o alcool não vem com seu preço real, que é de aproximadamente R$0,80. Pagamos pelo alcool também os mesmos R$2,00. Se pagássemos o verdadeiro valor do alcool - o que seria justo - teríamos em 10 litros de gasolina a seguinte expressão: 2,5 litros alcool x R$0,80 = R$2,00 mais 7,5 litros gasolina x R$2,00 = R$15,00. Então a conta certa pelo chamado 10 litros de gasolia batizada deveria ser R$17,00 e não os R$20,00. Pagamos a mais R$3,00 pelos supostos 10 litros de gasolina. Se gastarmos por anos apenas 1000 litros de gasolina estaremos às voltas com um prejuízo de R$300,00. Deduzimos daí que o preço correto do litro de gasolina batizada com alcool deveria ser R$1,70. Isto tudo se o "batismo" for 25% de álcool. Mas, quem pode provar in loco a porcentagem oficial? Já era tempo de pelo menos haver em todos os postos, uma indicação eletrônica da quantidade de álcool que estamos recebendo, quando compramos gasolina.



Esse comportamento esdrúxula foi inventado para ajudar aos usineiros a venderem seus estoques - saindo pelo ladrão - de álcool anidro, numa época em que existiam poucos carros movidos com esse combustível. Hoje vivemos a moda irreversível do álcool, como um combustível alternativo, encontrado pelo Brasil ante o avanço do fim do petróleo. Acreditamos que essa mistura na gasolina pode e deve acabar. O Japão despertou para o combustível canavieiro e não haverá álcool suficiente para atender a demanda japonesa, quando ela explodir.



Neste caso pode acontecer o milagre: deixaremos de pagar pelo álcool, quando compramos gasolina. E os nossos carros vão parar de tossir com a puríssima amarelinha. Talvez, só os ambientalista não gostem dessa idéia. Por outro lado eles também não gostam das queimadas e outros pormenores, conseqüentes da produção desse combustível. Mas, esquecem que a evolução em todos os níveis tem seu preço.



Devemos pois, mexermos o mais depressa possível com nossas leis. Afinal, o Brasil pode acabar se tornando um imenso canavial do planeta Terra.





(Jeovah de Moura Nunes)
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