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Cronicas-->1999 - Sala de Aula -- 10/11/2013 - 20:39 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Para mudar a história, precisamos refazer a geografia. Ahãm. Não entendeu? Mais ou menos chefe. Não, não entendi. Eu e as minhas analogias. Além de falar, falar, ainda coloco metáforas e correlações, tudo para firmar pensamentos e conseguir modificar o andamento da empresa. No começo da qualidade, passamos pela historia dela, depois pela filosofia e até psicologia. Aí sim entra a geografia, traduzida por d’olho, que é descartar, organizar, limpar, higienizar e manter a ordem. Foi assim que me tornei quase professor, dentro do negócio, que é fabricar estruturas metálicas com beleza plástica e qualidade.
Como falar em beleza num negócio de aço, bruto e feio; só com a ajuda da sala de aula e das ciências envolvidas – Engenharia, cálculo e matemática, mais resistência de materiais, geometria e desenhos, fora os angulos, triangulos, redondos, oblongos, cotas e flechas, muita pedagogia para se levar adiante. O produto é ciência exata, mas sua realização não, vários são os comportamentos que levam-no a foto final, puxa, ficou bonito e não cairá jamais.
Dependemos da matemática, uma abstração que aceitamos como certa, com aritmética que pode nos deixar com a seguinte equação: quatro é menos que um, que é muito mais que nove e aí, para pensar e vamos em frente. A lógica está no comportamento.
Bom dia pessoal, este eu amanhã pelas sete e meia, cheio de português e oratória para convencer quem necessário de uma nova mentalidade, na liderança e gestão. Tenho certeza que não ouvirão a metade, como eu mesmo tempos atrás nas aulas da faculdade, pelo cansaço ou pela indolência. Economia, estatística, marketing, direito, passaram por mim, alguma coisa agarrei, outras nem tanto e o futuro chegando se encarregou de aposentar outras outras. A economia continua a todo vapor, ai de nós se a deixarmos de lado; estatística é fundamental para o estabelecimento das metas. Direito, todo dia, consultoria e determinações. Por isso tenho que falar dobrado e ser bem didático, ensinar mais do que sei.
Nossa história não para, sempre vem uma nova. Agora, por exemplo, é a tecnologia do computer numeric control, do inglês para o português, controle numérico computadorizado, uma coisa que vai mudar a nossa geografia e a história, nossos processos e nossas dimensões, lembram-se das coordenadas x, y, z daquelas aulas chatas, pois é, são elas mesmas. Coisa de uma disciplina não tão nova, informática, tão presente e mesmo assim nós estamos no passado, uns vinte anos, o tempo já de uso, lá naqueles países.
Por que vou estudar análise sintática, verbo, substantivo e adjetivo, coisas do português, se vou ser engenheiro. Tente ser, sem isso tudo. Sala de aula não sai de mim, nem tenho tentado sair. Muita psicologia, para mudar a filosofia da produção, cujos banners estão pendurados e dizem de fazer mais com o mesmo. Não fui incisivo tanto, pois escreveram fazer mais com o mesmo nunca, na porta do banheiro. Tive que lembrar do Seu Valdemar, que nos colocou tanta ciências físicas e biológicas abaixo, que nunca esqueci. Contas de mais, menos, vezes e divisão, tabuadas, teoremas, equações. Quero tudo isso de volta, pois o novo banner será mais matemático: fazer mais com menos! Ou seja, talvez a física me ajude a convencê-los que menos é mais. Preciso de química também, quando digo de mudar para ficar igual, meu primeiro slogan, lá do final do século passado e ainda atual. Usei muito um outro, que falava da única coisa definitiva ser a mudança, este até que pegou, será que foi eletricidade, pois foi um choque total. O duro é estar nessa sala já quinze anos, sem colação de grau, nem diploma, uma vez que a graduação é cheia de dependências. Meu cargo é de diretor, mas tenho que ser professor, prefiro ser aluno, gosto do intervalo, do recreio, tenho provas todo dia, quando penso que passei, repeti. Domingo, dez de onze de treze, pareço estar estudando para prova, fazendo resumo da matéria. Amanhã, bateu sinal, oba!!
 

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