Divino Pecado que bradava feito loba enfurecida, a arrancar-me os olhos do juizo e insandescer-me a alma, a um carinho perdido.
Mulher de olhos negros fartos, que constantemente me dispiam ao relento.;
Que com seus lábios carnudos, escrevia no limiar de minha covardia, tudo aquilo que queria sentir.
Mulher que me possuia, me envolvendo em seu cheiro profundo de terra molhada... Me arranhava a pele com os seus seios rijos jamais tocados.;
Deitava sobre mim felina, felina...Gritava e mordia calada.
Em brasas meu corpo sangrava num inferno... Parecia que o fim do mundo começava quando as luzes eram apagadas... Era guerra de beijos profanos e tentações desumanas. Suas mãos invadiam-me, furtavam-me a moral e pela primeira vez, vi o pecado normal.
Escravo daquela índia cabocla por tantas vezes fique até o ascender do dia, quando enfim ela dormia, quando enfim ela dormia...
Acordada, quem olhava jamais iria imaginar, que a noite aquela mulher rugia.
|