Viiinte ee dooiss reaiss por um chocoolatee, quicaaaroo... Assim com letras a mais ouvi quase uma revolta, sobre o preço de um Lindt Lindor White and Coconut. Sorri e sem delongas afirmei - Espere um pouco, faça as contas. Um produto fabricado lá no interior da Suíça, pega um navio ou um avião, desce no Brasil, fica parado dias na alfandega, depois um caminhão, uma van e fica aqui na prateleira do Graal, quietinho esperando alguém comprar e dar para uma criança sorrir; será que está caro mesmo. Menos para a revolta e mais para pensar sobre o preço.
A Lindt é uma empresa suíça especializada na fabricação de chocolates, fundada em mil oitocentos e quarenta e cinco por David Sprungli-Schwarz e seu filho Rudolf, é hoje uma das marcas de chocolate mais famosas do mundo. Sua sede está localizada em Kilchberg, que fala alemão, tem mais ou menos sete mil habitantes e fica no Cantão Zurique. Daí que fica longe paca, o que já faz o Lindor ter mais preço; fora gente, que ele é bom mesmo, uma delícia, o que significa mais qualidade e preço. Só estou especulando sobre, pois preço não é fácil entender; tudo depende de oferta e demanda, segundo os entendidos.
Saímos e nem um pedacinho ganhei, só o assunto. Passei no dia seguinte, mesmo Graal da Bandeirantes e comprei alguns chocolates só para ver os preços e origem. Um Lindor de Hazelnut pelos mesmos vinte e dois, com pedaços de avelãs. Mais um Alpino e um Diamante Negro, cada com cento e setenta gramas e sem preços aqui nas embalagens, como comparar, né. Um da Nestlé, fabricado em Caçapava, São Paulo e outro da Lacta, fabricado pela Kraft Foods em Curitiba. São ótimos e aproveito para mencionar que o Diamante Negro tem origem em mil novecentos e trinta e nove, uma alusão e homenagem ao jogador Leónidas da Silva, melhor jogador da Copa de Trinta e Oito. Este chocolate foi e é um dos meus favoritos. Mesmo sem preço, ainda falo de um Hershey´s, cento e trinta gramas, ao leite, fabricado em São Roque, pertinho de nós todos, nem por isso mais barato, com uma curiosidade na embalagem: "Produzido no mesmo equipamento em que se processa ovo em pó". Alguém poderia me explicar o porquê disso. Só para saber, este fabricante existe desde mil oitocentos e noventa e quatro.
Oba, um Toblerone com preço na embalagem, dez e cinquenta, fabricado na Suiça também e nem consigo comparar, pois este tem cem gramas, é branco com nougat de mel e amêndoas; foi inventado em mil novecentos e oito, está em cento e vinte e dois países e sua forma triangular foi inspirada pelo Monte Matterhorn. Oba de novo, o Toblerone é ótimo. Difícil entender mesmo a questão dos preços, quando o paladar aguça a vontade e a capa da Veja afirmando que chocolate pode comer sem culpa! Sabe o que é ruim, estou aqui só com as embalagens. Fui ao armário por um Bis e nada, voltei com um pacote de Bono Chocolate, uma bolacha Nestlé, de Marília, com origem nos Biscoitos São Luiz.
Olha que coisa, estou com embalagens de Kit Kat, fabricado na Rússia, custa quatro e noventa, tem quarenta e cinco gramas e parece com o Bis. A Nestlé é suíça de Vevey e fabrica chocolates e outras coisas pelo mundo todo. Tem Ferrero Rocher, bombom cremoso e avelãs, com origem italiana; tem os M&M´s amendoim, uma perdição e de origem americana dos anos quarenta. Achei dois Bombons Pomona, da Pan de São Caetano, recheado com coco. Não esquecendo as balas 7Belo, de framboesa e da Arcor Rio das Pedras; em inglês masticable/chew candy raspberry. Neste domingo, seis de dez de treze, iniciei com vinte e dois para explicar preço, mas fui sucumbido pela história, sabor e vontade dos chocolates e mascando uma bala 7Belo vou ler o artigo da Veja e depois comprar um monte de chocolates sem culpa!
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