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Artigos-->Enganadora Ambição -- 31/08/2003 - 03:43 (MARIA PETRONILHO) |
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E no desvão solitário
Por onde a tristeza passa
Eis que aparece uma dama.
Nos braços trazia tanta
Seda da cor da bonança
Damascos finos bordados
Da mais fina pedraria
Muito calma se instalava.
Dos braços o peso arrima
E em meu regaço depunha
Os esplendores que trazia
Nada de teu me vai bem,
Lamento, porque não tenho
Qualquer riqueza por minha
Mas ela não me escutava,
Continuava e dizia
Eu sou do reino a rainha
Onde a riqueza domina
Nele não há desventura
Todo o desejo se apresta
Por tudo o que te ofereço
De ti por troca só peço
Os sonhos que vives sonhando.
Que aos poucos os meus fui perdendo
E nem mais sei pretendo....
Dos teus me irei servindo
Tua mente atravessando
Neles irei me lavando
Minha avidez reavendo
Verás que ao acordar
Nada te irá doer
Terás descanso e prazer
Muitas glórias te hei-de dar
- Mas porque me procuraste?!
- Foste tu que me chamaste!
24/7/2003
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