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Cronicas-->1945 - Chita -- 22/09/2013 - 21:31 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vestido de chita, hein... Ah, vá, vestido de chita, até parece. Não esquente, estou falando por causa da estampa. Até a Lady Di usava, lembra-se de uma foto, ela novinha com um vestidinho contra o sol, logo que foi apresentada ao mundo. Deixe, você é nova, não vai lembrar-se. Como a internet está por aí, facinha, podemos dizer que chita é um tecido de algodão com estampas de cores fortes, geralmente florais, com tramas simples. O nome chita vem do sànscrito chintz e surgiu na índia, conquistou os europeus e depois se popularizou no Brasil; mais, muito mais, só pesquisar. Fiquei amolando e chamando qualquer roupa de chita. Estava assim, quando chegou outra colega nossa e fiz o mesmo comentário, mudando para blusa de chita. Surpreso com o conhecimento demonstrado sapequei outra questão: E a macaca Chita, conhecem? Ninguém sabia, quando adentra o Biazon - Ei, você conhece, por ser mais velho, lembra-se da macaca Chita, aquela do Tarzan. Disse - Dele não esqueço, o Jone Vaismiler. Estou indo almoçar, depois eu falo das telhas e saiu balançando a cabeça.
Cheeta, Cheetah, Cheta ou Chita, foi um chimpanzé ator, personagem de filmes do Tarzan, faz tempo, anos trinta e quarenta, ao lado do ator Johnny Weissmuller e da Jane, a Maureen O´Sullivan. Quando o Tarzan aparecia na tela, no seu cipó mágico e pulava no rio com a faca entre os dentes, não havia jacaré que se atrevesse nadar na sua frente. Saía da água, dava um gritão e falava: Me, Tarzan; You, Jane e olhavam para a Chita, que sorrindo fazia micagens, fechando com o famoso The End. Aliás, a Chita, macaca, faleceu em dezembro de onze, bem velhinha, por problemas renais. Alguns desavisados questionam a idade, pois oitenta anos é muito para a espécie. Também os fofoqueiros de plantão, naquela época, falavam que o Tarzan andava de asas com a macaca, deixando a Jane para escanteio, mas tudo potoca, viu gente. Mesmo porque a macaca era de fato um macaco.
Como eu já tinha ilustrado o assunto às minhas interlocutoras, lancei mais uma charada, balas Chita, aposto que nunca ouviram falar; perdi feio. Todas conheciam, até onde podia comprar em Piracicaba, no Cantinho Doce. Nem deu tempo de eu regatear, já tinha na mesa dois pacotão de balas Chita; um original, do sabor abacaxi e outro sortido, uva, framboesa e o mais gostoso de menta. Cada pacotão com seiscentos gramas, deu para distribuir aos colegas do escritório e sobrou um montão na mesa. Contei o porquê da questão, lembranças do Cine Teatro São Miguel e da bomboniére do Roque, quando essas balas eram preciosas; eu pegava uma meia dúzia de cada e curtia com o filme do dia, muitas vezes o Tarzan, que olhava com olhar pidão, mas nunca levou nenhumazinha.
Minha curiosidade me obrigou a pesquisar e achei um pouco da história das balas Chita. O produto foi criado em mil novecentos e quarenta e cinco pelo espanhol João Rucian Ruiz, que projetou as máquinas para fazer as primeiras balas mastigáveis do Brasil. O nome da bala veio da paixão que ele tinha pelos filmes de Tarzan. O primeiro sabor foi o de abacaxi. Depois vieram outros. No começo dos anos dois mil, a fabricante Santabina Alimentos, de Ribeirão Preto, começou a ter um sucesso tão grande nas exportações que não dava conta do mercado nacional. A bala começou a ser vendida para África do Sul, Estados Unidos, Canadá, Líbano, Senegal e Japão. A produção diária chegava a quinze toneladas, mas quase não sobrava nada para o mercado interno. Em dois mil e seis, o doce passou a ser produzido pela Cory Alimentos, empresa que tem fábricas em Ribeirão Preto e Arceburgo, Minas. Este trecho é do Guia dos Curiosos e tem saudosos comentários sobre a querida bala; um deles: Explodi de alegria quando almoçando em um restaurante em Patos de Minas, recebi de sobremesa, balas Chita. Foi aí que redescobri o sabor da infància! Fechando em vinte e dois de nove de treze, estou desembrulhando uma de menta.
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