O calor do tempo me acordou no meio da madrugada, a noiva da noite escondia-se nas sombras das nuvens escuras e o espectro do teu sorriso ressou aos meus ouvidos. A tua boca verbava palavras e venenos, o teu cheiro... Invadiu o quarto e o meu corpo.
Ah! Quase perdi a sanidade e me envolvi nos lençois e gemi o teu nome.
De repente, algo me tomou o sossego e vencida deixou a minha alma, em desespero, carente.
Os fulgidos brados de tua lembrança me arrastaram a incomodos momentos de dor, que arraigados a um vazio, silenciaram os meus olhos em lágrimas, pedaços expostos ao mundo mal.
Ao acordar sem saída, me vi acuado, vago, esperando conhecer o novo dia em claros. Numa única certeza, como a de hoje, você nunca esteve aqui, e o que é pior jamais vai estar ou existir nessa realidade. |