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Artigos-->Tudo se transformou -- 25/08/2003 - 09:43 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No princípio, era matéria. A sensação, o pensamento, a consciência vieram depois - são o produto mais elevado da matéria. A matéria, agindo sobre os nossos órgãos dos sentidos, produz a sensação. A sensação depende do cérebro, dos nervos, da retina etc., isto é, da matéria organizada de determinada maneira. A existência da matéria não depende das sensações. Estas são as premissas da concepção materialista.

Nosso conhecimento não é acabado e imutável, mas nasce a partir da ignorância e se torna mais completo e preciso à medida que as informações se avolumam e a prática vai descartando teorias e concepções errôneas. Uma das pessoas que deixaram marcas profundas nesse avanço da ignorância ao conhecimento foi o francês Antoine Laurent de Lavoisier, nascido há 260 anos, em 26 de agosto de 1743. Ele estudou matemática e astronomia, química, física experimental, botânica e geologia. Em 1766, recebeu da Academia de Ciências de seu país um prêmio por seu relatório sobre o melhor sistema de iluminação de Paris.

Fundador da química moderna, Lavoisier foi um dos maiores cientistas do séc. XVIII. Elaborou um método objetivo de representação do universo material. Definiu a matéria por sua propriedade de ter um peso determinado e enunciou as leis de conservação da massa. Suas experiências, juntamente com as de outros químicos da época, levaram ao abandono da antiga idéia de Aristóteles sobre os quatro "elementos" - terra, água, fogo e ar - considerados insuscetíveis de análise científica.

Lavoisier tomou como fundamento que, nas reações químicas, a matéria não é criada nem destruída. No capítulo 13 da primeira parte de seu Tratado elementar de química, diz: "Podemos estabelecer, como um axioma incontestável, que em todas as operações da arte e da natureza nada é criado: existe uma quantidade igual de matéria antes e depois do experimento; a qualidade e a quantidade dos elementos permanecem precisamente as mesmas e nada acontece além de mudanças e modificações nas combinações desses elementos".

Retomou, assim, o enunciado "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", extraído de um resumo do livro I do poema "De Rerum Natura" ("Sobre a natureza das coisas") do filósofo e poeta latino Titus Lucrecius Carus, que viveu de 96-55 a.C. e que, por sua vez, baseou-se nas idéias sobre física do filósofo grego Epicuro (341-270 a.C.).

O cientista ficou famoso, em sua época, por executar procedimentos quantitativos exatos e experimentos ousados - a balança passou a ser seu símbolo. Criou, juntamente com Claude Berthollet, Louis-Bernard Guyton de Morveau e Antoine de Fourcroy, uma nomenclatura racional da química, tomando como ponto de partida o conceito de "elemento químico". O termo oxygine, palavra de origem grega que significa "formador de ácido", foi empregado pela primeira vez por Lavoisier, em 5 de setembro de 1777. Foi ele, também, quem descobriu que a água era produto da combinação de oxigênio e hidrogênio.

Em 1779, tornou-se coletor de impostos e foi nomeado inspetor-geral das pólvoras e salitres da França. Membro da comissão de agricultura, de1785 a 1787, aplicou-se ao estudo dos problemas da economia e da química agrícolas e, em 1789, foi eleito deputado suplente aos Estados Gerais, integrando, no ano seguinte, a comissão para o estabelecimento do novo sistema de pesos e medidas, que conduziu à adoção do sistema métrico. Secretário do Tesouro (1791), defendeu o plano de recolhimento dos impostos, apresentando seu tratado sobre a riqueza territorial do reino da França. Em agosto de 1793, a Convenção suprimiu as academias e, em novembro, decretou a prisão dos coletores de impostos, que foram condenados à morte. Lavoisier foi guilhotinado em 8 de maio de 1794, na mesma Paris onde nasceu. No dia seguinte, o matemático Joseph Louis de Lagrange (1736- 1813) comentou: "Bastou um instante para cortar sua cabeça, mas cem anos talvez não sejam suficientes para produzir outra igual".



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