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Artigos-->FELICIDADE -- 13/07/2001 - 04:13 (Clenio Cleto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FELICIDADE



Há milhões de anos, microorganismos aquáticos, graças à maravilhosa evolução biológica desenvolveram-se e aperfeiçoaram-se para criarem a vida animal e vegetal, até chegarem à complexidade do ser humano.

Algumas espécies desenvolveram o tamanho e a força, outras a agilidade para fugirem dos grandes e fortes, outras criaram asas para saírem do solo e protegerem-se. Um dos animais, pequeno e fraco, partindo da onomatopéia (formação de palavras por imitação dos sons das coisas) chegou ao mais aprimorado código sonoro e gráfico, desenvolvendo a comunicação com seus semelhantes, o que permitiu a transmissão das experiências e o avanço científico de tudo que o rodeava.

Graças à capacidade de inventar e acumular experiência, superou artificialmente os olhos da águia, a força do elefante, o veneno dos répteis. Criou armas superiores aos dentes dos tigres e aos chifres dos touros.

Vivendo num mundo misterioso, cheio de fenômenos inexplicáveis, procurando entender e explicar tudo aquilo que não conseguia entender, com sua criatividade, produziu um universo imaginário, riquíssimo em personagens sobrenaturais. Em sua imaginação esse ser inteligente povoou a Terra e os céus de deuses, anjos, diabos, duendes, almas e espíritos de seres mortos. Em todos os tempos, até mesmo hoje, tudo para o qual o homem não encontra uma explicação plausível, atribui a seres sobrenaturais.

Percebeu que a liberdade sem freios impedia a convivência social e criou normas de conduta para coibir o egoismo natural dos seres humanos. Nasceram a Religião, o Direito, a Moral, a Etiqueta, para compatibilizar a convivência humana e, com certeza

o Mundo seria muito pior sem esses meios de contenção. A liberdade sem limites não funciona.

Criou um verdadeiro ministério de deuses: deus da guerra, da paz, do amor, da fertilidade, da chuva, deuses benignos e malignos, e, como alternativa contra a própria morte passou a acreditar em ressurreição e encarnação.

Como acontece em todo ramo intelectual, os mandamentos divinos se diversificaram conforme as religiões: para os indianos o ato sexual é uma oferenda sagrada, para os judeus ortodoxos um ato pecaminoso. Só não aboliram o ato sexual porque é o único meio para a perpetuação da espécie e, também, por mais sedutores que fossem os prêmios divinos, os homens não deixariam de praticar e usufruir dos prazeres carnais dos quais quase todos gostam (existem não raras exceções).

O bem e o mal, valores oriundos da interpretação humana, pois, o que é bom para muitos pode ser ruim para outros, são representados por entidades sobrenaturais que controlam e traçam o destino da humanidade. E, calcados nesses princípios, aparecem os profetas salvadores de almas ou adivinhos das catástrofes futuras, nomeando-se representantes dos deuses na Terra, com a finalidade de pregar os preceitos básicos para o bem e para a vida eterna.

A política religiosa sempre foi e ainda é a causa principal das guerras entre os povos. Os judeus ganham pontos matando muçulmanos e vice-versa, católicos e protestantes com-

batem em praça pública.

E, como o homem testa tudo o que vê ou ouve, surgiu o ateísmo, doutrina que exclui a existência de qualquer divindade, baseada em provas científicas dos enganos contidos em inúmeras afirmações tidas como de procedência divina.

Dessa forma, influenciado por normas de conduta de caráter religioso, o homem evoluiu durante milhares de anos e chegou, confuso e desorientado, aos dias de hoje. Nos séculos XIX e XX a ciência progrediu com uma velocidade extraordinária, atropelando as verdades religiosas, desestimando os profetas oportunistas, desvendando mistérios divinos. Mitos e superstições, atualmente, são alimentados por interesses de caráter político ou econômico, mas, tendem a serem abolidos.

O sexo, também, é um campo propício para as elucubrações imaginárias do homem.

Dessa forma, religião e sexo formam uma parceria harmoniosa e quase perfeita. Os profetas e as prostitutas foram, segundo alguns, os primeiros profissionais da Terra alimentando sonhos e esperanças de prazeres futuros. A primeira procura travar os sentimentos e ambições, o segundo solta as rédeas para verdadeiras alucinações, assim, as duas alimentam as fantasias necessárias ao homem para encarar e enfrentar todos os problemas reais que tem pela frente durante sua curta vida.

Com exceção dos judeus, todas as demais religiões conviveram e convivem harmoniosamente com a prostituição e, sem exceções, todas as prostitutas são fervorosas religiosas, crentes fanáticas em santos e anjos. Os prostíbulos de todas as épocas são decorados com imagens e quadros de santos, iluminados por luzes de velas , acompanhados de água benta e incenso.

A industria e o comércio de artigos religiosos sempre existiu, porém, com o advento da fotografia, do cinema, da televisão e do computador, foi obrigada a dividir o mercado com a industria e o comercio do sexo. É uma briga boa... Nações do Primeiro ao Quinto Mundo consomem ambos os produtos vorazmente.

O ser humano queda-se extasiado diante dos mistérios sobrenaturais e à promessa de perdão para seus pecados, de tempos em tempos aparecem fenômenos na comunicação com as massas, como por exemplo o Padre Marcelo, que arrecadam num só dia verdadeiras fortunas sem quaisquer impostos a pagar. O homem, o macho, excita-se com a figura de mulheres nuas, e cada dia mais se vêem na TV moças lindíssimas, com belíssimas bundas, dançando ou cantando. O número de revistas masculinas cresce vertiginosamente... O corpo feminino foi e será sempre vendido ou alugado. Com a liberação do homosexualismo o corpo masculino, também, passou a render altos lucros.

O ser humano possue facetas sui-gêreris, tais como, é o único animal a ter relações homossexuais com parceiros de sua mesma espécie ou diferentes, fazendo sexo com cabras, éguas, cães, etc., chegando a praticar o ato sexual até com defuntos.

Somente ele e seu meio-primo, o macaco, masturbam-se, o que requer um alto grau de concentração e uma dose de imaginação admirável para atingir o orgasmo, aliás, fica uma pergunta: como é que o macaco consegue gozar se, dizem os antropólogos, ele não tem a capacidade de raciocinar?

O induismo não é uma religião de catequese, é uma crença para os indianos, não tem deuses barbudos enrolados em véus, acreditam nas forças sobrenaturais da Natureza Cósmica, e para atingirem essas forças oferecem sacrifícios sexuais. Inventaram posições para o coito dignas dos espetáculos de contorcionismo protagonizados pelos mais famosos ginastas do Mundo. Fazem sexo até por telepatia!

Os judeus ortodoxos, no entanto, não fazem amor, sacrificam-se numa cerimônia religiosa na qual os corpos não podem tocar-se e a penetração se dá por um buraco no meio de um lençol que cobre inteiramente a mulher. Será que não poderiam, atualmente, recorrer a algum método artificial para fertilizarem suas mulheres? Ou é pecado?

Religião e sexo andam de braços dados, com objetivos semelhantes: dar e receber amor.

Os métodos utilizados para alcançar esse objetivo, também, se analisarmos friamente, não são muito diferentes. Ambos usam da sedução, das palavras carinhosas, dos sorrisos, de metáforas nem sempre verdadeiras, de muitas promessas ...

Oferecem a FELICIDADE...



E-mail: cletotexto@hotmail.com





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