PENSANDO A BEIRA RIO
Marcelino Rodriguez
Anda inquieto esse meu épico coração com as coisas. Na cidade onde estou não há mar, há rio. Também existe um ensaio de montanhas e um doce mistério no ar, como a paciência dos pescadores de água doce a beira rio.
A brisa é fresca.
Há uma mulher que ando pensando , misturado com essa paisagem que me cerca e o aroma do rio que passa. Uma mulher que anda remexendo meu sangue e pensamentos. Fêmea da terra. Esquiva, dissimulada, fugitiva e presente. Os olhos dela parecem tentar esconder o que está dentro.
Também tem um trem que chamo de meia hora e as vezes para meu caminho, mas não me importo. È bom vê-lo passar, apitando. A vida também é feita de paradas.Esse trem é antigo, de ferro. Merece respeito sua ancestralidade.
Assim vou sentindo tudo: rio, mulher, cidade, brisa, pescador, anzol. Talvez seja semente, talvez seja raiz.
E que farei então para que a mulher me leve, beira rio, pela mão? Um poema, uma crônica, canção?
Insinuo?, entrego pessoalmente?
Esse trem é antigo, de ferro. Merece respeito sua ancestralidade.
Assim vou sentindo tudo: rio, mulher, cidade, brisa, pescador, anzol. Talvez seja semente, talvez seja raiz.
E que farei então para que a mulher me leve, beira rio, pela mão? Um poema, uma crônica, canção?
Insinuo, entrego pessoalmente? Sossega, coração e ela, quem sabe? , não te deixará ser infeliz
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