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Cronicas-->2005 - Outras palavras -- 28/04/2013 - 19:55 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Domingo passado e hoje estive em eventos rotários, com sua linguagem não estranha, mas característica. Participei como aluno e instrutor numa sala dedicada a Fundação, que fala de projetos e doações. Na volta fiquei pensando na palavra mais usada - Feduque; nada a ver conosco aqui de fora, porém encarada como normal por todos na sala. Mais ou menos assim - Você faz e pode recorrer ao feduque, aí ele te ajuda... Ou - Veja como o feduque entra nisso... Tem também a percapita, que significa uma contribuição por indivíduo; muito usada em conjunto com outras, como distrital, do RI, anual, etc. Ouvimos muito subsídios, uma forma de retorno financeiro aos projetos. Também aqui fora, esposa é esposa e ou mulher, quando apresentamos; na organização é a cónjuge, que os mais apressados acabam usando "conge". Algumas frases usuais: "Prezados companheiros", "Bons momentos de companheirismo e bom retorno aos seus lares". Ah, feduque vem de Fduc, que é o Fundo Distrital de Utilização Controlada. Alguns gostam da palavra glorioso - Como vai o glorioso clube de...?
Naturalmente evoluí meu pensamento para algumas outras palavras, que ando lendo ultimamente. Nenhuma critica, apenas por curiosidade citá-las-ei. Outro dia a palavra invasivo surgiu e acompanhei alguns usos dela, como acusação e defesa; se posso opinar, a defesa saiu-se melhor. Há pouco li a propalada, advinda de propalação, acho que é divulgada, pois assim entendi no texto. No meu dia-a-dia ficou marcada a palavra severa, quando meu antigo sócio definiu uma inspeção mais rigorosa de um cliente nosso, utilizando-se dela. No começo ela definia como dura, severa mesmo, ou seja, pente-fino em todos os detalhes, depois acabou virando gozação e saiu do ar. Meu outro sócio gosta muito das palavras pulos e proativo - Dê seus pulos aí... Veja se é proativo. Usa até fora do contexto. Quando criança, ouvi bastante a palavra maenga; só agorinha descobri ser insignificante, joão-ninguém e só pode ser isso mesmo, pelo que me lembro.
De um autor chegado, qual leio bastante, têm algumas palavras que só ele usa, deve ser da sua memória saudosa de um tempo romàntico. Em noites de lua cheia, eu escreveria um luar daqueles ou lua cheia, tal e qual; dele leio plenilúnio, que é lua cheia mesmo. Acho que nunca usarei, pois considero ser só sua. Tem outra que acho bem legal, derredor, que é em torno de, em roda de, em volta, ou seja, por perto. Você vai seguindo o texto e encontra: "... moças na praça e em derredor..." Só posso dizer que é supimpa, essa nunca li em seus textos. Até na novela das nove você se depara com o local, que pode ser chamado de zona, inferninho, boite, randevu, etc etc e mais etc, no entanto a palavra lupanar só ele usa, acho até carinhosa, quando quer falar desses exóticos, ou melhor, eróticos lugares, todos já extintos naqueles tempos de seus contextos e por fecho li a palavra peabim, que não encontrei resultado, penso ser um caminho. Não posso deixar de mencionar a palavra saudade, uma recorrente e hoje ou ontem encontrei a palavra retreta, nada mais que apresentação de banda de música em praça pública. Há muito não lia e nem ouvia, quem nesses dias sabe o que é retreta, pouquíssimos talvez.
Da minha leitura semanal, esperada até, tenho a palavra segmento, que pode ser qualquer das partes em que se pode dividir algo. Como encontro também a palavra setor, subdivisão de uma região, de uma repartição ou de um estabelecimento qualquer, posso dizer que o autor quer apenas localizar o seu texto naquele contexto particular do seu assunto, chiii complicou. É simples, ele só quer dizer que naquele tal local, tá ruim ou tá bom e quando tá ruim ele cobra a solução. Tem aparecido bastante a palavra cultural, o que não deixa de ser bom, cultura nunca é demais. Eu devo ter algumas só minhas, principalmente lá na fábrica, até vejo olhares tortos ou ameaças de sorrisos e neste domingo, vinte e oito de quatro de treze, fui ao meu derredor e não vi plenilúnio nenhum, nem com a ajuda do feduque, talvez dando meus pulos ou chamando minha cónjuge... Ednaaaa!
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