HISTÓRIA DO BRASIL - REINO UNIDO - TESTES DE VESTIBULARES . Prof. Edson Pereira Bueno Leal
GERAL
1. FUVEST 2003 - "... quando o príncipe regente português D.João chegou de malas e bagagens para residir no Brasil , houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro . Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava . D. João não precisou , porém, caminhar muito para alojar-se . Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Cice-Reis" . Lilia Schwarcz . As Barbas do Imperador .
O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como
a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I , que não conseguia se impor no contexto político português
b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte
c) inversão da relação entre metrópole e colônia , já que a sede política do império passava do centro para a periferia
d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis , pois estes passaram a controlar o mando a partir das colônias
e) imposição do comércio britânico , que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções alfandegárias.
2. A transferência da família real portuguesa para o Brasil , deu-se numa conjuntura em que o Brasil atravessava grave crise econômica . Diante desse quadro não podemos afirmar que
a) o Tratado de Comércio e Navegação favoreceu a burguesia mercantil lusa ao estabelecer tarifas preferenciais de 15% para seus produtos nos portos brasileiros
b) o Tratado de Aliança e Amizade determinava a extinção gradual do tráfico negreiro para o Brasil
c) a Revolução do Porto de 1820 objetivava o retorno da Corte Joanina e a limitação dos poderes reais por uma Constituição
d) os tratados assinados com a Inglaterra inauguravam o início da preponderância inglesa no Brasil
e) aos súditos ingleses era permitida a liberdade de religião.
ABERTURA DOS PORTOS 1808
3. FGV SP – A abertura dos portos , em 1808 , que favoreceu os proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação
a) revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na colônia
b) limitou o tráfico negreiro aos portos de Belém e São Luís, favorecendo a cultura do algodão
c) produziu como efeito imediato uma aceleração no processo de industrialização , atendendo aos reclamos dos ingleses
d) ampliou o controle econômico metropolitano sobre a colônia, através da criação do “exclusivo comercial”
e) contrariou os interesses dos comerciantes e provocou grandes protestos no Rio de Janeiro e em Lisboa .
4. CARLOS CHAGAS BA – A chamada abertura dos portos , por D. João (1808) , teve amplas consequências , pois na prática significou
a) o aumento sensível das exportações sobre as importações , com restauração da balança de pagamentos
b) o estabelecimento de maiores laços comerciais com Lisboa , conforme o plano de Lorde Strangford
c) a manutenção da política econômica mercantilista , segundo defendia José da Silva Lisboa
d) o rompimento do Pacto Colonial , iniciando um novo processo que culmina com a Independência
e) a intensificação do processo de independência econômica do Brasil , em face da liberdade industrial.
POLÍTICA EXTERNA
5. FUVEST 99 – Durante o período em que a corte esteve instalada no Rio de Janeiro , a Coroa Portuguesa concentrou sua política externa na região do Prata , daí resultando:
a) a constituição da Tríplice Aliança que levaria à Guerra do Paraguai
b) a incorporação da Banda Oriental ao Brasil , com o nome de Província Cisplatina
c) a formação das Províncias Unidas do Rio da Prata, com o destaque para a Argentina
d) o fortalecimento das tendências republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem á Guerra dos Farrapos
e) a coalizão contra Juan Manuel de Rosas que foi obrigado a abdicar das pretensões sobre o Uruguai .
6. A Carta Régia de 1808 , que abria os portos do Brasil ao comércio das nações amigas , pode ser vista como
a) rompimento dos princípios do sistema de livre comércio com a Europa
b) tentativa de agradar os produtores brasileiros permitindo suas exportações
c) resultados dos acordos entre Portugal e Inglaterra para garantir as colônias da Coroa
d) necessidade imposta pelo intenso comércio da região Sul com as províncias espanholas
e) reconhecimento da importância do comércio colonial com Portugal
AGRO INDÚSTRIA
7. A agro-indústria açucareira foi beneficiada com os estímulos concedidos pelo príncipe regente e rei D João VI, através de :
a) concessão de créditos aos produtores, por intermédio do Banco do Brasil , e da proibição do confisco de engenhos por dívidas
b) da contratação de técnicos estrangeiros para melhorar a produção brasileira
c) de empréstimos feitos pelo Estado Português no Exterior
d) do estímulo á imigração estrangeira como prática para expandir o trabalho assalariado
e) da concessão de créditos a produtores para a aquisição de mais escravos.
8. UFGO – Durante o período em que o Brasil foi sede do Estado Absolutista Português , a atividade manufatureira que mais se beneficiou com as iniciativas do futuro D. João VI foi a
a) têxtil b) siderúrgica c) açucareira d) alimentícia e) naval
ALVARÁ LIBERDADE INDUSTRIAL
9. A Carta Régia de 1808 , inspirada em grande parte por José da Silva Lisboa , assim como a revogação dos dispositivos legais que proibiam o fabrico de manufaturados não alcançaram os efeitos pretendidos na economia brasileira , porque
a) a política do Bloqueio Continental , imposta por Napoleão , cercou o comércio brasileiro interno
b) o comércio externo brasileiro foi grandemente influenciado pelas importações inglesas
c) a estrutura agrária escravocrata da economia brasileira foi abalada pelo Bill Aberden
d) a política imperialista norte-americana dominou o comércio externo dos manufaturados
e) a ação do imperialismo francês anulou os atos do príncipe regente .
TRATADOS DE 1810
10. CESGRANRIO – A chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em 1808 , representou uma mudança significativa no que se refere à integração do Brasil no mercado mundial porque
a) a diplomacia joanina insuflou rebeliões na Província Cisplatina , favorecendo , assim , a exportação de couro sulino para a Europa
b) foi extinto o tráfico de escravos negros para o Brasil em troca do direito dos comerciantes lusos abastecerem , com exclusividade , algumas colônias inglesas , como a Guiana
c) foram assinados os Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação com a Inglaterra , por meio dos quais se garantia a preponderância inglesa no comércio com o Brasil
d) D. Rodrigo de Souza Coutinho, Ministro de D. João , traçou e pôs em execução um projeto de cultivo e exportação de algodão , com vistas a substituir a exportação norte-americana , prejudicada pela Guerra da Independência
e) Promoveu-se uma legislação visando á contenção das importações de supérfluos que, naquela época , começavam a abarrotar o porto do Rio de Janeiro.
11. A elevação do Brasil a Reino Unido estava vinculada
a) à tendência anti-britânica do governo português , favorável ao regresso da Corte após a queda de Bonaparte
b) à legitimidade de presença da Corte no Brasil e à aquisição do direito de voto para Portugal , elevado ao status de potência
c) à necessidade de anular a oposição da burguesia portuguesa que apoiava a emancipação gradual da Colônia
d) à quebra do pacto Colonial efetivado pela abertura dos portos e á necessidade de uma modernização na estrutura política brasileira
e) à influência de Portugal junto ao governo britânico.
REINO UNIDO
12. MEDICINA ABC – A elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves está intimamente ligada :
a) ao liberalismo de D. João , desejoso de agradar os brasileiros
b) ao Visconde de Cairu , homem de formação liberal
c) ao Conselho do embaixador inglês Lord Straford
d) à reação contra as pressões da burguesia lusa
e) à necessidade de legitimar a representação portuguesa no Congresso de Viena.
13. Quanto á elevação do Brasil a Reino Unido , podemos afirmar que
I – Quebramos os laços da estrutura colonial
II – Confirma uma situação de Direito que já havia de Fato
III – Ocorreu em 1810, após a abertura dos portos em 1808
IV – Representa um ato de política externa de D João III no Brasil
V – Ocorreu graças à sugestão de Talleyrand no Congresso de Paris
Pode-se afirmar que estão corretas as alternativas
a) I, II e IV b ) I, II , IV e V c) todas d) II e IV e) I e II
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
14. UNESP 2003 - Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817
I - Possuiu forte sentimento anti lusitano , resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses
II - Teve a participação apenas de sacerdotes e militares , não contando com o apoio de outros segmentos da população
III - Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste , com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas , Paraíba e Rio Grande do Norte
IV - A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas , reunindo forças armadas portuguesas , francesas e inglesas
V - Propunha a República , com igualdade de direitos e a tolerância religiosa , mas não previa a abolição da escravidão .
Pode-se afirmar que estão corrretas
a) I, II e III b) I, III e V c) I, IV e V d) II,III e IV e) II,III e V .
15. A Revolução de 1817 eclodiu no momento em que se acentuaram as contradições econômicas , políticas e sociais entre grupos da sociedade pernambucana e o governo português . Este movimento reivindicava
a) mudança da política tributária , igualdade de oportunidades no acesso a postos do Exército e maior autonomia provincial
b) apenas a instalação de um regime republicano
c) a abertura dos portos e liberdade industrial
d) a revogação dos tratados luso-britânicos de 1810
e) a elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves .
REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO 1820
16. - A agitação política que conduziu à Revolução Constitucionalista do porto foi motivada
a) pelas idéias políticas liberais oriundas da revolução industrial
b) pela presença da Corte Portuguesa no Brasil
c) pelas medidas joaninas que beneficiaram a burguesia portuguesa
d) pela intervenção inglesa após a vinda da Família real para o Brasil
e) fundamentalmente , pela crise econômica que se agravou com as medidas tomadas por D. João no Brasil
