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Cartas-->Carta ao Comandante do Exército (vulto "Chiquinho do Petê") -- 04/09/2006 - 11:38 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao Exmo Sr Gen Ex Francisco Roberto de Albuquerque - Cmt Exército Brasileiro

Sr Gen Albuquerque

Sou o Brig Eng Ref Luiz Thomaz Carrilho Teixeira-Gomes. Comecei minha carreira de oficial em dezembro 1956, declarado Asp Of Av.

De 1954 a 1956 servi, como Cadete, na Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, terreno que abriga memórias de precioso valor para a Aviação Brasileira, notadamente para a Aviação do Exército, que ali nasceu, e, posteriormente, para a novel Força Aérea Brasileira, criada em 1941.

Em 1954, quando lá cheguei, imbuído de ardoroso desejo de servir à minha pátria, empenhei não poucas horas no aprendizado das histórias, das façanhas, dos projetos, das conquistas, das decepções, enfim, das lutas de jovens patriotas para a criação de uma arma aérea à altura da grandeza desejada para um país que buscava seu lugar no concerto das nações civilizadas.

Como soldado, que ainda sou e sempre serei, apesar de estar na inatividade, tenho como valores maiores, inegociáveis, a honra, a lealdade e o cumprimento do dever.

Dentre as histórias do Campo dos Afonsos destaca-se uma, não pela sua grandeza, mas, ao contrário, pela sua torpeza.

Naquele lugar de diária lide em busca da perfeição profissional, em certa noite de novembro de 1935, um grupo de militares, tresloucados por convicções políticas, que desejavam impor pela força à sociedade brasileira, mataram, não em peleja limpa e igual, mas em covarde atentado, vários de seus irmãos de armas. O mentor intelectual desse hediondo feito chama-se Luis Carlos Prestes, então ainda Capitão Engenheiro do EB, mesmo depois de liderar anteriores levantes. Sem embargo, em 1946, após inúmeras peripécias da vida política brasileira, esse indivíduo foi anistiado e, até, eleito Senador.

A partir de 1985, com a (assim chamada) redemocratização, a recente história do Brasil vem sendo mudada, re-escrita. Estamos vendo os asseclas do credo socialista-comunista, que, sem remorsos, assaltaram, seqüestraram, emboscaram, atentaram, assassinaram, sendo louvados e consagrados. Subversivos e terroristas tornaram-se tema de filmes épicos, bancados com verba governamental, isto é, com o dinheiro do povo.

Desde o Governo do Sr Fernando Henrique Cardoso criou-se um sagaz esquema, supostamente reparador de injustiças e crimes cometidos pelos militares (assim mesmo, bem genericamente, para incluir todos nós, que já vestimos farda), mas que, em verdade, é um apandilhamento que tem beneficiado com significativas somas em dinheiro um grande número de ex-delinqüentes e um número similar de vivazes oportunistas.

Teoricamente e em outro contexto, os princípios da anistía e da reparação teriam razão de ser. No Brasil, porém, vale a "Lei de Gerson". Explore-se o povo e ponha-se a culpa em um dócil bode expiatório. O qual, frequentemente, assume roupagem verde-oliva.

Vá lá. Os militares vivem sob hierarquia e disciplina. Um dia, esperemos, talvez em vão, a verdade virá à tona.

Mas, honra não se negocia. Mesmo quando prisioneiros de guerra, exigimos respeito à nossa condição de soldados. Ou morremos lutando.

Pois, creio que foi precisamente o que V Exa deixou de fazer no episódio da concessão de anistia politíca post mortem a Luis Carlos Prestes (afinal, já fora anistiado 60 anos atrás) e, pior, na concessão da patente póstuma de Coronel.

Todos os Coronéis do EB, que, fielmente, dedicaram suas inteiras vidas ao serviço da Pátria, defendendo-lhe honra, integridade e instituições, com o sacrificío da própria vida, se assim requerido, devem ter estranhado o gratuíto regalo.

Como disse, a honra militar é o nosso maior apanágio. Ainda bem que não estamos na Terra do Sol Nascente. Pois, só nos restaria praticar sepukku.

De preferência, no dia 25 de agosto.

Que Deus o ilumine muito nos seus próximos atos.

Brig Ref Carrilho


P.S. Lembra destes versos, velho camarada?


... Heróis a lutar

Por um Brasil maior,

Na paz como na guerra,

Honrando as tradições

Da nossa terra ...


... Porém se a Pátria amada

For um dia ultrajada

Lutaremos sem temor ....


... O mais alto valor de uma nação

Vibra n alma do soldado

Ruge n alma do canhão ...


Lembra deste juramento?

"Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da Honra Militar!"

Que tenhamos força para prosseguir bradando:

Viva o Brasil! Viva o (verdadeiro) Exército Brasileiro!


Brig Ref Carrilho



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