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Artigos-->UM POEMA POR ENCOMENDA -- 16/08/2003 - 08:22 (MARIA PETRONILHO)
À Guilhermina, que me encomendou um poema Tu queres ...um poema! Mas aqui à volta está tudo calado, faz escuro. De que queres que te fale? De mim, da solidão? Não, não esmagarei com palavras nem queixas o dia dos teus dezoito anos! Aqui está um tema: A idade da nossa esperança! Mas tu sabes lá se eu tenho esperanças e rosas! Nem eu! As rosas se entreabrem em sorrisos e promessas de frutos rosados... depois murcham e morrem estéreis deixando um vazio doce e triste, que irrita porque nos lembra que agora já não há nada no espaço da cor e da vida... Mas de novo me lembro que te prometi hossanas à amizade e ao presente, às horas que passamos juntas a esquecer o tempo negro com cantigas e bailados de improviso... E aqui estou filosofando como sempre, é lógico! É lógico! ... mas o que é que é lógico?! O que é ser lógico? Lógica é uma batata porque ao menos é redonda! Ah, como te vais rir da minha Revolta inútil Contra o escuro e o silêncio! Tenho algures uma foto da Guilhermina na sala de aulas vaga onde nos reuníamos com a São Jorge e a professora de Geografia... e tenho os olhos rasos de água!