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Artigos-->Para Minha Mãe, -- 03/08/2003 - 18:12 (MARIA PETRONILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos










Mãe,

De onde te veio esse sorriso

Na precaridade e no sofrimento?

Com que olhares me criavas?

Que de mim esperarias?





De onde a força que levavas

Na vida-breve, tormento?





Como pudeste prosseguir sabendo

Que nada além de maior dor te esperava,

Que nunca me criarias, como dizias,

e eu sabia que sabias?





Tanto lias... mas porque bordavas

E como Penélope tecias infinitas rendas

Por um Ulisses que não merecia as prendas





Dessas mãos imaculadas

Tão finas, de unhas cuidadas,

Mãos de menina que eras,

Que menina findarias?





Olhando o teu olhar estremeço

De orgulho e se me vejo no espelho

No meu olhar vejo o nosso





Mãe coragem, atravesso

As altas chamas do mundo

E como tu vou cantando

O Fado que, nos calhando,





Na nossa voz reconheço,

E de coragem recobro

Do pouco de ti que lembro





Vamos, na vida e na morte, sorrindo!





Para minha mãe, Alice de Jesus Gouveia Petronilho, 1932-1958







11/2/2003







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