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Cartas-->Carta ao Comandante do Exército -- 25/04/2006 - 16:17 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
21/04/2006 Carta ao Comandante do Exército -

Fonte: Márcio Matos Viana Pereira, Cel. Ref. EB


CARTA ABERTA AO COMANDANTE DO EXÉRCITO

Tomando conhecimento pela imprensa da decisão de Vossa Excelência em condecorar com a Ordem do Mérito Militar a Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, ex-terrorista agressiva e atuante nos idos dos Governos Militares, quando traía a Pátria, a serviço do Movimento Comunista Internacional, oportunidade em que optou pela clandestinidade para cumprir ações de guerrilha, não tendo o menor escrúpulo em integrar Organização Terrorista que matava, seqüestrava, assaltava Bancos e praticava atentados indiscriminados em vias públicas contra brasileiros inocentes, figurando como agente em algumas das citadas ações e cúmplices nas demais praticadas pela sua Organização Terrorista.

Espanta-me, Vossa Excelência não ter levado em consideração, ao conceder a condecoração citada, estar praticando uma ação tão nefasta, quanto ignóbil e desprezível. Com que cara Vossa Excelência encarará os familiares dos companheiros nossos, vitimados pela ação insana de traidores da Pátria como a Ministra Dilma e a corja que, hoje, infesta o Governo, sendo artífices da maior corrupção já engendrada para dilapidar os cofres públicos?

Como pode Vossa Excelência igualar os méritos de militares que dedicaram suas vidas aos interesses da Pátria, servindo ao Exército com abnegação, desprendimento e dedicação, aos de uma pessoa que, desprovida de patriotismo, não teve escrúpulo em praticar crimes torpes e que ainda proclama ter orgulho do seu passado?

Parece-me ser interminável a capacidade de Vossa Excelência em assimilar afrontas e provocações, segundo a minha ótica. Citarei, a seguir, fatos que amparam esta afirmativa: a perda de status de Ministros dos Comandantes das três Forcas Armadas; desconsideração ostensiva imposta ao Exército, na pessoa de Vossa Excelência, ao exigir-lhe a anulação de um documento já difundido sobre a Revolução de 64 e a expedição de um novo documento, versando sobre o mesmo tema, enfocado porém, segundo a ótica do governo; situação de penúria a que foi relegado o Exército, decorrente do estrangulamento financeiro imposto pelo contingenciamento das verbas orçamentárias, resultando no sucateamento dos Parques de Armamentos, na redução dos efetivos e da carga horária de instrução; a supressão dos Ministérios militares e a nomeação de outro adversário da Revolução, o Sr. Valdir Pires, para as funções de Ministro da Defesa, cidadão totalmente alheio aos assuntos inerentes às Forças Armadas, mas que deve ter sido escolhido para a função, para testar a capacidade da reação militar; os salários aviltantes pagos aos militares, se comparados aos da Polícia Federal e aos de tantas outras categorias funcionais, com o objetivo de desestimular a flama militar; a distorção da História do Brasil, visando enlamear o Exército, denegrindo a sua imagem e reputação, mediante a prática de inversão da verdade dos acontecimentos havidos; a ordem arbitrária e absurda, para que o Exército entregasse as armas, que lhe haviam roubado e foram por ele recapturadas através de ações de buscas, para serem periciadas pela Polícia Federal, quando o Exército possui na AMAN a Arma de Material Bélico, encarregada de formar oficiais especialistas nesse assunto, constituiu-se numa afronta que jamais poderia ter sido assimilada, já que não sendo técnico o motivo da provocativa decisão, foi uma demonstração pública de que o Governo desse incompetente, que nada sabe, nada viu, nada ouviu, mas se beneficia da corrupção generalizada que o cerca e o envolve, não confia na credibilidade do Exército, razão de duvidar do resultado da inspeção que seria feita no armamento recuperado, cujo resultado seria difundido à Nação.

Na qualidade de ex-integrante de DOI-CODI que viveu com intensidade grande parte do período revolucionário, combatendo terroristas então companheiros de crimes da Ministra e, principalmente, de seu ex-companheiro da turma da AMAN de 1958, sinto imensa tristeza em ter de afirmar a Vossa Excelência, por dever de lealdade, atributo integrante do amplo elenco de valores que consubstanciam a ética militar, e que, infelizmente, Vossa Excelência parece-me não mais cultuar, que me custa crer, havermos cursado a saudosa Academia Militar de Agulhas Negras, na mesma época. Como conseguiu Vossa Excelência relegar ao esquecimento o culto aos valores morais sobre os quais os nossos ancestrais erigiram a nacionalidade e que na AMAN nos foram tão intensamente transmitidos?

Vossa Excelência tem se caracterizado pela falta de ação e por um imobilismo irritante, já que tem aceitado, sem ao menos externar uma revolta aparente, provocações e decisões atentatórias à dignidade da farda. É preciso que Vossa Excelência e o Alto Comando do Exército bem diferenciem disciplina de subserviência. Aceitar ordens emanadas de Autoridade Legal é um dever que tem de ser cumprido! Aceitar provocações ou humilhações, parta de quem ou de onde partir, é um ultraje, que tem de ser peremptoriamente repelido! Aceite Vossa Excelência uma opinião: é muito mais digno viver no ostracismo na Reserva, mas, em paz com a consciência, com honra e dignidade, do que freqüentar manchetes na Mídia, por exercer posição de destaque e de mando, porém, como no caso de Vossa Excelência, sendo estigmatizado pelos comandados e, principalmente, pelos companheiros de ideal e profissão, face ao mau exemplo legado de apego desmedido ao cargo.


Márcio Matos Viana Pereira
Coronel Reformado do Exército Brasileiro


***

Obs.: No máximo, o que merecia o general Albuquerque era ser o comandante da TAM, não o comandante do outrora glorioso Exército Brasileiro (F.M.).





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