Foi tudo desse jeito,
você assustada com minhas explicações,
da forma que recitava,
estavas com os olhos compridos.
Não agüentava mais,
tudo o que eu dizia,
somente eu mesmo entendia,
e explicava demais.
Sempre foi assim,
se falo tenho que tornar inteligível,
se não ensino,
chamam-me de dissimulado,
se explico torno maluco pela inteligência.
Vejo seu nome,
nada como uma lembrança,
da lembrança carnal,
separando meu desejo,
para outro como presente.
Do meu jeito louco de ser,
acha-me sério,
continuo esperando,
da linda recordação.
A dádiva veio de repente,
daquele presente,
que não consigo perdoar,
foi eu quem fez.
Se tudo que explico,
a tudo que não,
também da forma errada,
confundem-me com louco.
Acho mesmo que sou,
por ti, quem sabe.
Eu sei... Mas vou esperar. |