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Cartas-->CARTA DO PRESIDENTE DA DRUG WATCH INTERNATIONAL -- 07/03/2006 - 11:25 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CARTA DO PRESIDENTE DA DRUG WATCH INTERNATIONAL


Maconha: aplicação medicinal via legalização não é o caminho.

http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4587


26/02 - Os agentes sociais responsáveis podem seguir o caminho fácil da legalização da maconha, ou o caminho mais duro e difícil, porém mais ético, que protegerá nossa juventude e encorajará o desenvolvimento de remédios eficientes e seguros para todos.

Carta do Presidente da Drug Watch International

por John J. Coleman em 26 de fevereiro de 2006

© 2006 MidiaSemMascara.org

Aos Médicos, Psicanalistas, Psicólogos, Agentes de Serviço Social e demais interessados no uso e abuso de drogas psicoativas, e público em geral.
Como já mencionei em artigos anteriores, o poderoso lobby internacional que defende a legalização de todas as drogas psicoativas, como a maconha, a cocaína, o crack, etc., comandado por esquemas milionários de grandes financistas como George Soros, Peter Lewis e outros (ver Marijuana Policy Project em http://www.mpp.org e links correlatos), tem adotado diversas estratégias. Tendo a proposta de simples legalização sido decididamente rejeitada pela população, passaram a defender os programas de “redução de danos” (ver meus artigos Harm Reduction. A First Step towards a Lawless Society, DWI Official Newsletter, Vol X, n. 1, Março de 2005; Drogas: Liberdade de Escolha ou Compulsão Destrutiva? http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=3017 ?, Correio do Estado, Campo Grande, MS, e Drugs: repression doesn t work? http://www.midiasemmascara.org/en/artigo.php?sid=21 ? Em Mídia Sem Máscara). Este programa, adotado pioneiramente pelo governo brasileiro, tem sido também rejeitado em grande parte do mundo. A nova estratégia foi a “descoberta” de maravilhosas potencialidades médicas da cannabis sativa, a maconha, e a tentativa de legalizar seu uso “médico”.

A carta abaixo, do Presidente da Drug Watch International, é um potente libelo que desmascara as reais intenções deste projeto. É uma adaptação e tradução minha de outra encaminhada pela DWI aos legisladores do Estado do Novo México que optaram por rejeitar a legalização do uso médico da maconha.

Umas palavras sobre o autor. John Coleman serviu por 32 anos como Agente Especial do United States Drug Enforcement Administration (DEA), carreira iniciada em 1965 como recruta na função de agente secreto anti-drogas nas ruas de Nova York. Trabalhou nos EUA e na Europa. Foi Administrador Assistente de Operações da DEA, o mais alto cargo de carreira, não nomeado pelo Presidente dos EUA, supervisionando 7.000 subalternos em 19 Divisões nacionais e 75 escritórios no estrangeiro. Foi Agente Especial Encarregado de três Departamentos de trabalho de campo e Agente Especial Assistente em outros dois. Aposentou-se em 1998.

HEITOR DE PAOLA

Membro, International Board of Directors.

***

Drug Watch International

CARTA DO PRESIDENTE DA DRUG WATCH INTERNATIONAL

31 de Janeiro de 2006

Para todas as autoridades das áreas legais, médicas, psicológicas e governamentais envolvidas com a legislação referente a drogas psicoativas

Grupos financiados por ONGs internacionais interessados na legalização da maconha, estão tentando convencer os legisladores e as autoridades em geral para legalizar a maconha como “remédio” e tomei conhecimento que no Brasil a mesma tentativa já se insinua. Sabemos por experiência própria que legisladores bem intencionados algumas vezes aceitam a propaganda dos grupos pró-legalização mesmo contrariando dados médicos cientificamente aceitos. Nossa oposição à legalização da maconha como fator medicinal não se refere às pesquisas científicas de boa fé sobre a cannabis e outras espécies de plantas. Moléculas benéficas de plantas das mais diversas origens como digitálicos e derivados da papoula (ópio, codeína, morfina) são usadas como medicamentos depois de extraídas, purificadas e qualificadas pela qualidade e dosagem, sintetizadas nos casos apropriados e, acima de tudo, aprovadas pelas autoridades médicas, principalmente a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos da América.

Comparativamente, a maconha em estado puro, que é proposta por estes grupos, não está submetida a nenhum critério científico e expõe o usuário a centenas de impurezas perigosas e, por ser administrada via oral, por combustão, produz fumaça tóxica que permanece nos pulmões para assegurar a absorção dos componentes químicos. Acrescente-se que a maconha em estado puro libera uma quantidade não mensurável do ingrediente ativo, o 9-tetrahydrocannabinol, que na sua forma sintética já foi aprovada pela FDA como estimulante do apetite e anti-emético – indicações médicas para as quais já existem numerosas drogas eficientes no mercado.

Várias empresas farmacêuticas em todo o mundo estão trabalhando para desenvolver medicamentos baseados em cannabinóides que não produzem os imprevisíveis efeitos psíquicos colaterais da maconha em estado puro. Os resultados iniciais são promissores e podemos ser otimistas que num futuro não muito distante fumar maconha com intenções medicamentosas pode seguir o mesmo caminho que o antigo hábito de mascar a casca de salgueiro para extrair uma pequena dose de ácido acetilsalicílico (aspirina). Sem entrar em grandes detalhes, pesquisas químicas isolaram a molécula específica dos cannabinóides que causam os efeitos psíquicos colaterais nos seres humanos e possibilitaram removê-la sem reduzir a eficiência dos efeitos terapêuticos. Nas atuais circunstâncias, mudar as leis para legalizar o ato de fumar maconha em estado natural significará retardar essas promissoras pesquisas, porque as pessoas poderão optar pelas formas mais baratas, mas extremamente perigosas, da ingestão dos cannabinóides (maconha pura), evitando as versões seguras e efetivas aprovadas pela FDA que não provocam efeitos psíquicos colaterais perigosos.

Além das considerações de saúde, a legislação proposta para o uso de maconha apresenta desafios legais e éticos, baseados em decisões legais prévias, incluindo jurisprudência firmada. Aprovando leis claramente conflitantes com as leis federais dos países em questão, contrariarão todos estes documentos legais, mesmo que sejam bem intencionadas. Isto, acreditamos, colocará sérias questões éticas para todas as autoridades envolvidas na área de prevenção ao uso de drogas.

No início da década de 80, a FDA aprovou uma forma oral de remédio com base em cannabibóide, o dronabinol, que continua no mercado americano como substância submetida a rigoroso controle. Outra droga deles derivada, o nabilone, está por ser introduzida no mercado americano mas já está disponível no Canadá e outros países há vários anos. Um spray de uso oral utilizando extrato de cannabis para tratamento de dores cancerosas severas, está sendo testado já nas fases finais sob supervisão da FDA. São versões manufaturadas do ingrediente ativo da maconha que são seguros e efetivos. Comparativamente, maconha fumada não apresenta nenhuma salvaguarda para os pacientes que podem ser seriamente lesados por seus perigosos efeitos colaterais.

Ironicamente, os pacientes para os quais a legislação proposta sugere ajudar, são os menos suscetíveis de se beneficiar dela. Aqueles que advogam o uso medicinal da maconha não são geralmente experts científicos ou médicos mas, ao contrário, lobistas muito bem pagos ou grupos de interesse que se escondem sob o manto da compaixão e dos cuidados com os pacientes. São eles, na realidade, os principais beneficiários pela legalização do uso supostamente medicinal da maconha. Estes grupos furtivos freqüentemente conseguem experts científicos e da área médica bem pagos que endossam publicamente seus pontos de vista – da mesma forma que a indústria do tabaco na década de 60 pagava médicos e cientistas para dizer que fumar não faz mal à saúde. Eles se baseiam na genuína e decente compaixão dos cidadãos comuns e funcionários públicos que dificilmente questionarão suas promessas dúbias sobre o alívio dos que sofrem de moléstias graves. Finalmente, quem se oporia a que pessoas submetidas a intenso sofrimento buscassem alívio para suas dores? Os que advogam a legalização sabem que, ao aprovar o uso “medicinal” da maconha, estaria tornando a proibição do uso não médico impossível de controlar. Esta, acreditamos, é a verdadeira intenção dos defensores desta legislação. Na verdade, é seu único objetivo e nada tem a ver com o alívio dos doentes, cuja causa invocam somente por seu óbvio apelo popular.

A maconha em estado natural é uma potente e imprevisível psicotoxina responsável por dezenas de milhares de doenças e mortes anualmente em todo o mundo. Este é um fato comprovado que não pode ser negado ou refutado mesmo pelos mais ardorosos defensores da legalização da maconha. É também fato conhecido que os estados americanos que aprovaram tais leis experimentaram aumento exponencial no uso ilegal e abusivo, ao mesmo tempo em que diminuíram as ações policias e prisões porque os policiais se sentem constrangidos pela lei e amedrontados de serem submetidos a processos por prisões ilegais. Mas os lobistas pela legalização propagandeiam que a diminuição no número de prisões nestes Estados se dá por diminuição do abuso ilegal. Esta conclusão errada, no entanto, é uma falácia Post Hoc destinada a enganar a população e as autoridades.

Dados clínicos de pessoas internadas por emergências relacionadas com drogas são melhores indicadores das conseqüências do uso abusivo de drogas do que os números policiais. Entre 1995 e 2002, em San Diego, Califórnia, internações de emergência devidas a problemas com maconha aumentaram 121,4% (de 21/100.000 para 46/100.000) de acordo com o Drug Abuse Warning Network (DAWN) do governo federal americano. Não foi por acaso que a Cidade de San Diego entrou com processo nas cortes federais no mês passado para forçar o estado da Califórnia a aceitar a decisão da Corte Suprema e reverter a Resolução 215, que desde sua entrada em vigor em 1996, legalizou o uso médico da maconha no estado.

Há cem anos, em 1906, o Congresso Americano aprovou o Pure Food and Drugs Act. Esta lei pôs termo à maciça concessão de patentes de medicamentos cuja fabricação envenenou e viciou milhões de pessoas com panacéias inúteis que prometiam curas milagrosas e alívio para todos os males. A cannabis era um dos mais populares ingredientes destas misturas danosas juntamente com ópio, coca, corantes e aromatizantes. Anúncios nos jornais e revistas, testemunhos pagos de pessoas famosas, vendedores ambulantes, todos clamavam que estes remédios falsos possuíam qualidades terapêuticas, quando, de fato, no melhor dos casos eram apenas tóxicos. Até mesmo um pesquisador sério como Sigmund Freud, na penúltima década do século XIX, proclamava a cocaína como eficaz no tratamento da depressão, do alcoolismo e da adição à morfina, até que sérias conseqüências fatais, que envolveram seu dileto amigo Ernest von Fleischl, por ele induzido ao uso de cocaína para abandonar o vício da morfina, convenceram-no a abandonar o que lhe parecia um promissor agente terapêutico.

Nossos precursores podem ter agido ingenuamente por se deixarem enganar por relatos falsos e sem terem noção científica alguma dos efeitos de longo prazo. Nós, no presente, não podemos nos dar ao luxo desta desculpa. Após 1906, apesar de vários produtores terem abandonado o mercado, alguns decidiram se adaptar à indústria “ética” de medicamentos. Alguns persistem até hoje e formam o núcleo da indústria farmacêutica americana que, no correr dos anos, introduziu muitas grandes descobertas e avanços na medicina.

Os agentes sociais responsáveis podem seguir o caminho fácil da legalização da maconha e outros tóxicos psicoativos, ou o caminho mais duro e difícil, porém mais ético, que protegerá nossa juventude e encorajará o desenvolvimento de remédios eficientes e seguros para todos.

Respeitosamente,

John J. Coleman

President, Drug Watch International

http://www.drugwatch.org/


Tradução e adaptação Heitor De Paola

Drug Watch International, Inc.™
International NGO in Special Consultative Status with the Economic and

Social Council of the United Nations
PO Box 45218 l Omaha, NE 68145-0218 l Phone: (402) 384-9212 l Fax: (402) 397-3309
e-mail: DrugWatch6@aol.com l http:/www.DrugWatch.org




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