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Artigos-->Um Bom Dia para todos! -- 24/07/2003 - 09:38 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bom dia para todos aqui na Usina. Dizer bom dia, olá...tudo bem?, com liçença, por favor e obrigado, às vezes é tarefa das mais difíceis, ainda mais quando não temos motivo algum para sermos educados...Ops! Alto lá! E precisamos de motivos para sermos educados? Isso dá margem para que aceitemos ser justificável a falta de educação por motivos opostos de quando estamos “em paz” com tudo e todos, incluindo-nos nesse todo, é claro. A indiferença é o mais forte dos sintomas da falta de educação.



Faz tempo que venho pensando em um código de postura para todos, a partir do qual fôssemos obrigados, sim, obrigados, a ser atenciosos e gentis com todo mundo, independentemente de nosso estado de espírito e daqueles a quem devemos a gentileza, pois isso faria um bem imenso à vida.



Por exempo, quando saíssemos de nossos lares, seríamos obrigados a falar com qualquer pessoa com quem cruzássemos na rua, cumprimentado e dizendo: “tenha um bom dia”. O Paulo Henrique Amorim faz isso todas as noites, desejando que tenhamos boa sorte. Mas esse desejo dele é muito impessoal, porque através das câmeras ele fala para todos e para ninguém ao mesmo tempo. O bom mesmo é quando você pode olhar bem fundo nos olhos de alguém para desejar-lhe tudo de bom.



Para quem anda de ônibus, a obrigação seria pedir com licença toda vez que fosse sentar ao lado de alguém que está sentado perto da janela, mesmo porque no outro caso, quando o passageiro está perto do corredor, a obrigação de pedir licença para sentar já existe. No caso dos homens, eles dariam seus lugares às mulheres, independentemente da idade delas. Já perceberam como é muito mais fácil darmos lugar às mulheres idosas do que às mais jovens? Dessas, quando muito, pedimos para carregar seus objetos. As mulheres grávidas jamais ficariam em pé, nem aquelas com crianças no colo. Do lado das mulheres, elas seriam obrigadas a segurar os objetos dos homens...As sacolas, bolsas, cadernos, dentre outros. Nesse particular, percebo que algumas mulheres não são muito gentis nem mesmo com suas semelhantes, por isso quase nunca pedem para levar suas bolsas e outros objetos. Ainda nesse ponto, a maioria dos rapazes faz sua parte com solicitude sempre que entra no ônibus uma senhorita com algo nas mãos. Mas, quando é um rapaz que sobe com alguma bolsa ou caderno raramente um outro rapaz pede para levar.

Acontece, é claro, de um rapaz pedir para levar a bagagem de outro, mas tal fato é mais comum partindo das mulhres.



Outra obrigação deveria ser a de chegar em nossos locais de trabalho e desejar bom dia para todos, até para os que não gostam de nós. Sim, porque é normal que numa sociedade composta de homens e mulheres cada qual preocupado com seus próprios problemas, surjam ininimizades mesmo onde a princípio não deveriam existir. Quem nunca se sentiu um zé ninguém quando, desejando em alto e bom som bom dia para todos, ficou sem resposta de alguns dos presentes? Pois é...E quando você já está em seu ambiente de trabalho e chega um colega que não o cumprimenta, sem que entre vocês haja alguma picuinha? Essa indiferença absurda é muito mais evidente quando vamos a um consultório. Todos estão lá, esperando sua vez de serem atendidos. Aí você entra e diz bom dia...ninguém olha pra você. Você fez a sua parte, não é mesmo?



Outro detalhe muito curioso na indiferença entre os seres humanos, tão comum ou mais em nossos dias, percebo quando estamos em nossos momentos de lazer, em companhia dos amigos em um bar ou à beira da praia. Quando com nossos amigos, eles são o nosso ponto de referência, o eixo em torno do qual gira toda nossa atenção e base sobre qual se estabelece nosso sentido de ser alguém importante e digno também de atenção. Quando nesses encontros um dos presentes fala bem ou mal de outro, conta ou ri por uma piada qualquer, ralha com o companheiro por esse ou aquele motivo, todos param para olhá-lo, ouví-lo. De repente, quando todos estão na maior descontração possível, entra em cena um estranho no ninho, um intruso, quase um inimigo, que é um vendedor, seja de bomboms, de amendoim torrado, de peixe recém-pescado, de um relógio recém-roubado...O que acontece? Absolutamente nada...Ninguém lhe dá a menor atenção. É desprezado, ignorado como se fosse um objeto ali parado, um poste, um cesto de lixo ou um cachorro querendo se aproveitar das migalhas que caíram da mesa. Quem nunca desprezou um vendedor ambulante exatamente dessa forma como aqui descrevo, atire a primeira pedra.



Dessa próxima forma de indiferença quase ninguém esquece. Certa vez, estava fazendo campanha para um candidato a vereador de minha querida Belém, distribuindo em frente ao local de votação alguns “santinhos”. Trajava uma bermuda jeans preta, tênis, a camiseta do candidato, e óculos escuros. De repente, aproxima-se uma senhora distinta, muito bem vestida...uma dama da high society; ato contínuo, dirigi-me a ela e estendi-lhe a mão para oferecer a cédula com a foto e o número do Paulo Fontelles. Não somente ela ignorou o gesto como, numa atitude nojenta, levou sua bolsa de colo para junto de si, apertando-a junto ao seio murcho, indicando com o ato julgar que eu poderia estar querendo assaltá-la. Imediatamente meu conceito sobre aquela mulher variou...Já não era uma dama e sim uma vagabunda! Tinha direito de me indignar daquele jeito? Julguem vocês o que sentiriam em meu lugar.



Há outros casos absurdos de indiferença aos quais farei referência em outro momento. Por hora, deixo os aqui mencionados para a reflexão de todos aqui na Usina.



E desejo que todos tenham um excelente bom dia!

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